São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2007

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Doni diz que se adiantar é uma técnica

DO ENVIADO A MARACAIBO

"Eu só saí no último pênalti. Pensei em balançar o corpo para que ele [Lugano] pensasse que eu sairia para um canto e chutasse no meio. Deu certo."
O goleiro Doni, maior herói da classificação da seleção brasileira, não tem vergonha de admitir que se adiantou bastante para defender o pênalti do ex-zagueiro são-paulino. Ao contrário, diz que é uma técnica.
""Aquilo é momento. É uma oportunidade em que temos que fazer o melhor possível. A responsabilidade fica com o batedor", disse o goleiro, que, antes de se adiantar no pênalti derradeiro, já havia burlado a regra na cobrança de Forlán, defendida por ele com as pernas.
O árbitro Oscar Ruiz também teria a responsabilidade de impedir os passos para a frente de Doni -segundo a TV Globo, o goleiro estava 1,70 m à frente da linha na hora do chute de Lugano.
O goleiro, que no Brasil foi criticado por várias torcidas, em especial a do Corinthians, firmou-se no futebol italiano defendendo a Roma. Ganhou chance na seleção com Dunga e começou a Copa América como titular.
""Em tudo na vida, tem que ter sorte, mas há a competência também", disse Doni, que realizou anteontem sua melhor partida com a camisa da seleção brasileira. No primeiro tempo do duelo, fez duas plásticas defesas.
Desde a estréia da seleção na Copa América, derrota por 2 a 0 para o México, ele despertava dúvidas -falhou no golpe de vista no segundo gol mexicano, de falta.
""Respeito a opinião das pessoas e tento mudá-las. Estou em um grande momento na minha carreira. É um sonho", falou o goleiro, que pode repetir Júlio César, que pegou pênaltis na semifinal e na final da Copa América passada, no Peru.
Ontem, Doni foi comparado a Taffarel, herói nas Copas de 1994 e 1998. ""Quem sou eu para ser comparado com o Taffarel?", falou Doni, que disse à Folha admirar o tcheco Petr Cech, do Chelsea. "O melhor do mundo hoje é ele. De fora, um goleiro de que eu gostava era o Zenga [Itália]", disse ele.
Doni admitiu que não fica tranqüilo em disputas de pênaltis. ""Não é só para o batedor que é ruim. O goleiro também sofre. Não queria que fosse para os pênaltis", falou ele, que não estudou cobranças de adversários e que contou, segundo ele, com o palpite de companheiros e do técnico Dunga.0 (RBU)


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