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Valdivia volta ao Palmeiras e diz que pode deixar seleção chilena
Meia foi suspenso por 20 jogos do time nacional por noitada na Copa América
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O meia Valdivia, 23, voltou
ontem aos treinos no Palmeiras após a eliminação do Chile
na Copa América e resolveu colocar em pratos limpos a polêmica que envolveu o atleta e
mais cinco jogadores de seu
país, acusados de caírem na
noite após assegurar a vaga às
quartas-de-final do torneio.
O episódio custou a eles suspensão de 20 partidas pela seleção imposta pela ANFP (Associação Nacional chilena de Futebol Profissional). E com a repercussão do noticiário, o palmeirense disse que seu ciclo na
equipe nacional do Chile pode
ter se encerrado na Venezuela.
"Estou muito triste. Foram
muitas inverdades. Falaram
que chegamos ao hotel embriagados e fazendo barulho de madrugada. Minha mulher [Daniela, de 22 anos] está grávida
de sete meses e ficou chateada.
Agora a decisão de atuar ou não
pelo Chile vai ser dela", disse o
jogador, que acionou o seu advogado para processar os veículos de comunicação de seu país.
Descontraído, Valdivia deu a
sua versão dos fatos e garantiu
que não estava embriagado.
"Bebi vinho socialmente para
celebrar a classificação. Não estava mamado. O problema é
que, no café da manhã, um dos
nossos companheiros brincou
com uma camareira. E ela foi
reclamar com o gerente. Aí
acreditaram na versão dela."
O jogador ainda foi irônico ao
falar da funcionária do hotel.
"Não ia mexer com uma camareira baixinha e velha. Gosto de
loira, como é a minha mulher",
comentou o chileno.
Em sua defesa, Valdivia
apontou dados, segundo ele
conflitantes, que foram divulgadas pela imprensa chilena.
"Disseram que chegamos às
3h30 com mulheres. Mas chegamos meia hora depois, escoltados pela polícia, que fazia a
nossa segurança. Falaram também que descemos às 5h30 pedindo para abrir a cozinha. Mas
fomos tomar café às 7h30. E o
serviço já estava funcionando",
explicou o meia palmeirense.
Valdivia falou que não espera
um pedido de desculpas dos dirigentes chilenos. "O que aconteceu arranhou a minha imagem. Era o capitão do time."
Apesar de se dizer tranqüilo,
o meia teve que prestar esclarecimentos no Palmeiras ao gerente Toninho Cecílio e também ao técnico Caio Júnior.
"Eles têm o direito de saber o
que aconteceu e vieram falar
comigo. Mas existe uma relação de confiança entre nós."
Ontem, no treino coletivo,
Valdivia atuou boa parte do
tempo no time reserva. "Levei
uma cotovelada do Elano no
pescoço e fiquei seis dias parado. Não estou 100%", disse.
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