São Paulo, quinta-feira, 12 de julho de 2007

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Valdivia volta ao Palmeiras e diz que pode deixar seleção chilena

Meia foi suspenso por 20 jogos do time nacional por noitada na Copa América

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O meia Valdivia, 23, voltou ontem aos treinos no Palmeiras após a eliminação do Chile na Copa América e resolveu colocar em pratos limpos a polêmica que envolveu o atleta e mais cinco jogadores de seu país, acusados de caírem na noite após assegurar a vaga às quartas-de-final do torneio.
O episódio custou a eles suspensão de 20 partidas pela seleção imposta pela ANFP (Associação Nacional chilena de Futebol Profissional). E com a repercussão do noticiário, o palmeirense disse que seu ciclo na equipe nacional do Chile pode ter se encerrado na Venezuela.
"Estou muito triste. Foram muitas inverdades. Falaram que chegamos ao hotel embriagados e fazendo barulho de madrugada. Minha mulher [Daniela, de 22 anos] está grávida de sete meses e ficou chateada. Agora a decisão de atuar ou não pelo Chile vai ser dela", disse o jogador, que acionou o seu advogado para processar os veículos de comunicação de seu país.
Descontraído, Valdivia deu a sua versão dos fatos e garantiu que não estava embriagado. "Bebi vinho socialmente para celebrar a classificação. Não estava mamado. O problema é que, no café da manhã, um dos nossos companheiros brincou com uma camareira. E ela foi reclamar com o gerente. Aí acreditaram na versão dela."
O jogador ainda foi irônico ao falar da funcionária do hotel. "Não ia mexer com uma camareira baixinha e velha. Gosto de loira, como é a minha mulher", comentou o chileno.
Em sua defesa, Valdivia apontou dados, segundo ele conflitantes, que foram divulgadas pela imprensa chilena.
"Disseram que chegamos às 3h30 com mulheres. Mas chegamos meia hora depois, escoltados pela polícia, que fazia a nossa segurança. Falaram também que descemos às 5h30 pedindo para abrir a cozinha. Mas fomos tomar café às 7h30. E o serviço já estava funcionando", explicou o meia palmeirense.
Valdivia falou que não espera um pedido de desculpas dos dirigentes chilenos. "O que aconteceu arranhou a minha imagem. Era o capitão do time."
Apesar de se dizer tranqüilo, o meia teve que prestar esclarecimentos no Palmeiras ao gerente Toninho Cecílio e também ao técnico Caio Júnior.
"Eles têm o direito de saber o que aconteceu e vieram falar comigo. Mas existe uma relação de confiança entre nós."
Ontem, no treino coletivo, Valdivia atuou boa parte do tempo no time reserva. "Levei uma cotovelada do Elano no pescoço e fiquei seis dias parado. Não estou 100%", disse.


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