São Paulo, sábado, 12 de julho de 2008

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Isinbayeva atinge seu 22º recorde mundial

Em estréia na temporada, russa salta 5,03 m e caça o ucraniano Sergei Bubka

Após entrar na pista, em Roma, ameaçada por boa marca de americana, atleta mostra ser favorita ao ouro olímpico no salto com vara


DA REPORTAGEM LOCAL

Yelena Isinbayeva escalou ontem mais um degrau rumo ao limite do salto com vara. A russa bate novo recorde mundial, com o 5,03 m obtido na etapa de Roma da Liga de Ouro.
"Obrigada a todos", disse ela, em italiano, enquanto dava uma volta olímpica pelo estádio embalada pela bandeira russa.
"Queria quebrar o recorde em Roma. Adoro esse público e queria dar uma coisa grandiosa a ele", contou, após a prova.
Absoluta em Mundiais e Olimpíadas desde Atenas-04, Isinbayeva tem como maior rival um homem, Sergei Bubka.
Ela quer superar os 35 recordes obtidos pelo ucraniano na carreira. Ontem, marcou sua 22ª melhor marca (12 ao ar livre e dez em pista coberta).
Se ainda faltam 14 recordes para a façanha, ela já deixou claro, em Roma, quem deve ser a campeã olímpica em Pequim.
Estreante neste ano na pista descoberta, Isinbayeva entrou na pista pressionada por Jennifer Stuczynski, então dona da melhor marca do ano (4,92 m), que não esteve em ação ontem.
Sem ela, a russa viu uma a uma as rivais serem eliminadas. A brasileira Fabiana Murer não foi além dos 4,65 m -terminou na quinta colocação.
Sua última adversária, Monika Pyrek (POL), parou nos 4,75 m. Campeã com 4,85 m -seu segundo salto ontem à noite-, Isinbayeva decidiu ir além.
Protagonista em um evento em que as demais provas já haviam sido encerradas, a saltadora manteve a atenção do público do Estádio Olímpico.
O primeiro passo foi superar o sarrafo a 4,95 m, obtendo a melhor marca da temporada.
"Todos começaram a dizer que havia uma nova estrela. Isso me deixou irritada", confessou, referindo-se a Stuczynski.
Bem preparada após meses de preparação com Vitaly Petrov -mesmo treinador que alçou Bubka ao estrelato-, Isinbayeva tentou então o recorde.
A marca anterior, de 5,01 m, estava em vigor havia três anos e fora obtida no Mundial de Helsinque. Desde então, ela não passara dos 4,93 m, registrados em Bruxelas, duas semanas após o Mundial finlandês.
Confiante no bom resultado, tentou os 5,03 m. No primeiro salto, superou a marca, mas falhou na técnica, iniciando a queda próxima ao sarrafo, que caiu. Após consultar Petrov, resolveu arriscou de novo. Desta vez, com técnica perfeita, superou o recorde anterior em 2 cm.
"Vi meus saltos pela TV outras vezes e não gostei da minha técnica. Mas adorei o salto de hoje", comemorou a russa.
"Tentei 5,02 m muitas vezes e não consegui. Hoje resolvi tentar 5,03 m", acrescentou ela.


Com agências internacionais


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