São Paulo, sábado, 12 de julho de 2008

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Brasil cresce perto da Olimpíada

Com fama de amarelar em momentos decisivos, time tem conseguido controlar nervos e ansiedade

Equipe, que ontem derrotou a China, deixará o torneio como candidata mais forte ao ouro em Pequim do que em estréia na competição


DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção feminina voltou a derrotar a China ontem pelo Grand Prix. Foi a quarta vitória seguida das brasileiras sobre candidatas ao ouro olímpico.
A seqüência de atuações brilhantes espantou até as próprias jogadoras e deixa o time com chances de conquistar o heptacampeonato do torneio amanhã. A equipe, que sofreu com a pecha de "amarelar" em momentos decisivos, deu mostras de saber como controlar o nervosismo e a ansiedade.
Campeãs ou não, as brasileiras deixam o torneio como candidatas mais fortes ao ouro do que na estréia no GP.
"Desde a última partida da fase classificatória, com a China, estamos conseguindo manter uma alta concentração. É um crescimento da seleção e que antes não acontecia", avaliou a meio-de-rede Walewska, bronze em Sydney-2000.
Na última edição dos Jogos, em Atenas, as brasileiras desperdiçaram a chance de ir à final após estarem a um ponto de fechar o jogo contra a Rússia.
No Mundial-2006, perderam a medalha de ouro em situação semelhante. Zé Roberto e as jogadoras não avaliam que o time tenha "amarelado". Apontam erros na atuação, mas não os creditam a problemas de controle psicológico. A equipe, porém, conta agora com o trabalho da psicóloga Sâmia Hallage.
Antes, o treinador tinha esse tipo de auxílio, mas não tão inserido no dia-a-dia da seleção.
Ontem, após o fechamento desta edição, a equipe enfrentaria Cuba. Mesmo com derrota, ainda teria chance de obter a taça diante do Japão, amanhã, às 6h, em Yokohama (Japão).
"Nos três últimos jogos, conseguimos manter a mesma postura e concentração. Nosso time, quando está assim, joga de igual para igual com qualquer adversário. Desde o primeiro ponto, Zé Roberto pediu concentração, e nós a mantivemos", afirmou a líbero Fabi.
"Era isso o que eu queria. Que o time fosse testado dessa forma, obrigado a sair de situações difíceis", elogiou o técnico.
Ontem, nos dois primeiros sets contra a China, a seleção foi impecável. O bloqueio brasileiro parou completamente os ataques das gigantes chinesas -17 pontos no fundamento.
Na etapa seguinte, porém, as chinesas passaram a receber melhor o saque e acertaram a defesa. As brasileiras caíram.
O ritmo foi retomado no último set, e o Brasil fechou em 25/18, 25/16, 21/25 e 25/18.
"O time teve um comportamento tático bastante importante até o segundo set", afirmou Zé Roberto. "No terceiro, a China mudou seu sistema e começou a defender mais nosso saque. Isso mostra o equilíbrio entre os times olímpicos e que todos ainda têm o que evoluir no sistema defensivo, inclusive, o Brasil", completou.


NA TV - Brasil x Japão
Sportv, ao vivo, às 6h de amanhã


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