|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil cresce perto da Olimpíada
Com fama de amarelar em momentos decisivos, time tem conseguido controlar nervos e ansiedade
Equipe, que ontem derrotou a China, deixará o torneio como candidata mais forte ao ouro em Pequim do que em estréia na competição
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina voltou a
derrotar a China ontem pelo
Grand Prix. Foi a quarta vitória
seguida das brasileiras sobre
candidatas ao ouro olímpico.
A seqüência de atuações brilhantes espantou até as próprias jogadoras e deixa o time
com chances de conquistar o
heptacampeonato do torneio
amanhã. A equipe, que sofreu
com a pecha de "amarelar" em
momentos decisivos, deu mostras de saber como controlar o
nervosismo e a ansiedade.
Campeãs ou não, as brasileiras deixam o torneio como candidatas mais fortes ao ouro do
que na estréia no GP.
"Desde a última partida da
fase classificatória, com a China, estamos conseguindo manter uma alta concentração. É
um crescimento da seleção e
que antes não acontecia", avaliou a meio-de-rede Walewska,
bronze em Sydney-2000.
Na última edição dos Jogos,
em Atenas, as brasileiras desperdiçaram a chance de ir à final após estarem a um ponto de
fechar o jogo contra a Rússia.
No Mundial-2006, perderam
a medalha de ouro em situação
semelhante. Zé Roberto e as jogadoras não avaliam que o time
tenha "amarelado". Apontam
erros na atuação, mas não os
creditam a problemas de controle psicológico. A equipe, porém, conta agora com o trabalho da psicóloga Sâmia Hallage.
Antes, o treinador tinha esse
tipo de auxílio, mas não tão inserido no dia-a-dia da seleção.
Ontem, após o fechamento
desta edição, a equipe enfrentaria Cuba. Mesmo com derrota,
ainda teria chance de obter a
taça diante do Japão, amanhã,
às 6h, em Yokohama (Japão).
"Nos três últimos jogos, conseguimos manter a mesma postura e concentração. Nosso time, quando está assim, joga de
igual para igual com qualquer
adversário. Desde o primeiro
ponto, Zé Roberto pediu concentração, e nós a mantivemos", afirmou a líbero Fabi.
"Era isso o que eu queria.
Que o time fosse testado dessa
forma, obrigado a sair de situações difíceis", elogiou o técnico.
Ontem, nos dois primeiros
sets contra a China, a seleção
foi impecável. O bloqueio brasileiro parou completamente os
ataques das gigantes chinesas
-17 pontos no fundamento.
Na etapa seguinte, porém, as
chinesas passaram a receber
melhor o saque e acertaram a
defesa. As brasileiras caíram.
O ritmo foi retomado no último set, e o Brasil fechou em
25/18, 25/16, 21/25 e 25/18.
"O time teve um comportamento tático bastante importante até o segundo set", afirmou Zé Roberto. "No terceiro,
a China mudou seu sistema e
começou a defender mais nosso saque. Isso mostra o equilíbrio entre os times olímpicos e
que todos ainda têm o que evoluir no sistema defensivo, inclusive, o Brasil", completou.
NA TV - Brasil x Japão
Sportv, ao vivo, às 6h de amanhã
Texto Anterior: Duas: Croata e queniana lutam por US$ 1 mi Próximo Texto: Democrático: Brasil sedia etapas em 2009 Índice
|