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Australianos administram crise "conjugal"
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY
Dividir o quarto com alguém conhecido muitas
vezes não é fácil. Com um desconhecido, então, nem se fala.
Principalmente se o ""desconhecido" roncar, levantar da
cama frequentemente, acender a luz e não for muito chegado a um banho.
Foi para evitar situações como essas que o comitê da Austrália contratou o psicólogo
Clark Perry, encarregado unicamente da divisão dos quartos entre os atletas do país.
Unicamente, não. Seria exagero. Cabe também a Perry administrar eventuais conflitos.
Um dos 12 psicólogos da delegação australiana, Perry entregou um questionário a cada
atleta, no final do qual este cita o nome de três companheiros com os quais aceitaria
""passar uma noite".
Normalmente, são colocadas
juntas pessoas de gostos e hábitos semelhantes. Mas esse está longe de ser o único critério,
pois os opostos se atraem. Não
é surpresa, portanto, que alguns dos maiores rivais no
mundo esportivo acabem dividindo o mesmo aposento.
É o que acontece com Ian
Thorpe e Michael Klim, as
duas maiores estrelas da natação do país-sede, que já foram
inimigos dentro d'água e hoje
são grandes amigos. Segundo
Perry, os próprios pediram para dormir no mesmo quarto.
Entenderam que, em esportes
individuais, competem contra
eles mesmos. O que acontece é
que há outros nadadores na
piscina, na mesma prova...
Mas há situações extremas,
de competidores que prezam
tanto a privacidade que só se
sentem confortáveis sozinhos.
Aí não tem jeito. A solução, como aconteceu com a nadadora Susie O'Neill, é chorar e chorar para conseguir o que quer:
ver a cama a seu lado vazia.
EM FOCO
Reclamando do barulho, 2.000
dos 6.000 jornalistas que estão
hospedados na Vila para a Mídia, já apelidada de Cohab, receberam tapa-ouvidos do Socog.
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