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AÇÃO
20 pra 1
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
Essa relação poderia ser a
de candidatos a uma vaga de
emprego na área de comunicação, indústria em que, desde o
fiasco da internet, só se ouve falar
em demissões.
Também serviria, lamentavelmente, para relacionar a quantidade de notícias ruins e boas com
que nos deparamos diariamente
nos jornais. Mas, para nossa sorte, a razão do título desta coluna é
motivo de comemoração.
Concluída a quinta das seis etapas do Super Surf 2002, o circuito
brasileiro de surfe profissional, 20
dos 46 competidores da divisão
têm chances de conquistar o título nacional, que será definido em
novembro, na Prainha (RJ).
Como vem acontecendo em
praticamente todas as etapas desde que o circuito, há três anos,
adotou o modelo de competição
do WCT (a principal divisão
mundial), um novo nome conquista uma prova do Super Surf.
São 16 campeões em 17 provas
disputadas, o que caracteriza um
nível de competitividade jamais
visto na modalidade.
O nome da vez foi Jihad Kohdr,
18, paranaense considerado uma
das grandes revelações da nova
geração e que faz sua primeira
temporada como profissional.
A vitória o levou da 41ª para a
sétima posição no ranking e o colocou na linha de frente da disputa pelo título.
Andréas Eduardo chegou até a
semifinal na prova de Florianópolis (SC), resultado que lhe permitiu recuperar a liderança do
ranking, seguido de perto por
Wagner Pupo e Maicon Rosa. O
terceiro lugar deu ao catarinense
outra marca: ele é o único atleta a
fazer dois pódios na temporada.
Pelo menos 10 entre os 20 competidores que chegarão à Prainha
com chances de conquistar o título nacional são novatos. Mas, na
outra metade, se encontram atletas experientes, como os campeões brasileiros e pioneiros do
circuito Jojó de Olivença e Pedro
Muller, além dos representantes
do país no Mundial, Victor Ribas,
Fabio Gouveia e Peterson Rosa.
A participação e a classificação
desses atletas do WCT no Super
Surf permite avaliar que o circuito está não só competitivo como
também nivelado por cima.
Acostumados a disputar baterias com os melhores do mundo,
não encontram nenhuma moleza
nas provas brasileiras.
E, neste ano, nem existe o argumento de que provas disputadas
em ondas medíocres tornam o resultado uma loteria. Todas as cinco etapas foram disputadas com
ondas grandes e/ ou boas.
Na Joaquina, no último fim de
semana, as ondas passavam dos
dois metros, e, pela primeira vez,
o jet-ski foi usado para auxiliar os
surfistas a chegarem atrás da arrebentação.
Vamos torcer para que as condições das últimas etapas se repitam na Prainha, e teremos uma
grande final.
Enquanto no masculino tudo
pode acontecer, no feminino o título brasileiro de 2002 já tem dona. Com todos os méritos, a carioca Andréa Lopes, de 28 anos, chegou ao seu terceiro título nacional
e voltou para casa dirigindo seu
prêmio, um VW Saveiro Super
Surf.
Tetracampeã brasileira amadora, única brasileira a vencer uma
etapa do WCT, ela ainda superou
uma anorexia que a afastou das
competições durante dois anos.
Não satisfeita, ela estará representando o país no Sul-Americano de natação em novembro.
Parabéns.
Luke 5 x 1 Slater
Luke Egan venceu pela quinta vez no ano Kelly Slater e ganhou a
sexta etapa do Mundial de surfe disputado na Califórnia, EUA.
Guilherme Herdy ficou em terceiro.
Pequena aventura
Começa no domingo, na USP, um circuito de corrida de aventura
de curta duração. Em duplas, as provas terão entre 40 km e 60 km.
Copa do Mundo de snowboard
Começa hoje em Valle Nevado, Chile, a etapa inicial do Circuito
Mundial. Três brasileiros estarão competindo.
Atraso
Uma avalanche destruiu boa parte do primeiro dos quatro acampamentos da expedição chefiada por Waldemar Niclevicz, que
pretende chegar ao cume do Everest sem oxigênio.
E-mail sarli@revistatrip.com.br
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