São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2004

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AUTOMOBILISMO

Pela 11ª vez à frente do grid, brasileiro é elogiado por Montoya, que bateu recorde de média de velocidade

"Perfeito", Barrichello faz 2ª pole do ano

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MONZA

A pole ficou com Rubens Barrichello. A volta mais veloz da história da F-1, com Juan Pablo Montoya. E hoje, os dois pilotos que ontem disputaram os holofotes em Monza dividirão também a primeira fila do GP da Itália.
Com uma volta que classificou como "quase perfeita", cravada em 1min20s089, o brasileiro larga na frente pela 11ª vez na carreira. É sua primeira pole no circuito italiano e a segunda no Mundial -e também a mais rápida da história da F-1 em média de velocidade, com 260,395 km/h.
O GP da Itália, 15ª etapa do campeonato, começa às 9h, com TV.
"É a melhor chance até agora que eu tenho de vencer nesta temporada", disse Barrichello, referindo-se ao terceiro lugar de seu companheiro, Michael Schumacher, que conquistou o heptacampeonato há duas semanas.
"Foi uma conquista incrível para mim, porque tirei tudo do carro naquela volta. Vamos ter que ver amanhã [hoje] quem se dá bem com pneus usados. Aqui usamos muito as zebras. Mas tenho razões para estar confiante."
O desempenho de Barrichello foi elogiado por Montoya e Schumacher após o treino de ontem.
"Cometi três erros que podem ter me custado três décimos de segundo no total. Mas tenho que admitir que não conseguiria alcançar o Rubens", disse o colombiano, que ficou a 0s531 do pole.
"Sofri um pouquinho a mais para achar o acerto do carro nas zebras. Errei na última curva e poderia ter feito um tempo melhor, mas, honestamente, não poderia lutar pela pole. A volta do Rubens foi perfeita. Mas a coisa pode mudar na corrida", disse o alemão.
Antes da definição do grid, na pré-classificação, Montoya fez história. Fechou sua volta em 1min19s525, a 262,242 km/h. Nunca, em 54 anos de F-1, um piloto havia atingido essa média.
O recorde anterior pertencia ao próprio Montoya, na mesma Monza, em 2002: 259,827 km/h.
Outra quebra de recorde, a de velocidade pura, ficou para hoje.
Nos treinos de ontem, ninguém conseguiu chegar aos 368,8 km/h alcançados por Schumacher no ano passado. A expectativa era que alguém atingisse, pela primeira vez na F-1, os 370 km/h.
"Na corrida, com os carros pegando vácuo no retão, com certeza isso vai cair", explicou Felipe Massa, da Sauber, 16º no grid.
Ontem, os mais rápidos na reta de Monza foram Jarno Trulli e Schumacher, com 363,1 km/h.
A pole de Barrichello ontem foi muito festejada pelos tifosi e por Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, nos boxes. O brasileiro vibrou de maneira até discreta.
Uma situação que deve mudar caso ele vença hoje. Um triunfo tiraria de seus ombros o peso de não ter vencido neste ano. Schumacher acumula 12 vitórias. Barrichello pode ainda garantir o vice-campeonato: precisa fazer oito pontos a mais do que Jenson Button, da BAR, que larga em sexto.


NA TV - GP da Itália, Globo, ao vivo, às 9h

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