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"Força do elenco" vira fala oficial no São Paulo
Borges e Marlos têm nova chance ante o Avaí, hoje
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o São Paulo conquistar seu
quarto brasileiro consecutivo,
o técnico Ricardo Gomes e os
jogadores são-paulinos já têm
sua explicação para o feito: a
"força" de seu elenco.
Para o treinador, o time são-paulino tem mais do que 11
atletas à disposição. Ricardo
Gomes costuma dizer que tem
16 titulares para pôr em campo.
"É um número para mostrar
a importância de todos, mas
não é um número exato. Podem
ser 16, 18 ou 20 atletas que vejo
como titulares", declarou o técnico, na última terça-feira.
A "força do elenco" é usada
principalmente para motivar
jogadores que perderam espaço desde a chegada do treinador, como o atacante Borges, os
meias Hugo e Marlos e os volantes Arouca e Zé Luis.
"Em um time forte como o
São Paulo, a gente sabe que não
há espaço para todos. Mas até
quem está no banco pode decidir um jogo", disse Marlos.
Nesta semana, ele e Borges
foram os maiores alvos dos discursos sobre a importância da
"força do elenco", por terem sido os autores dos gols da virada
sobre o Cruzeiro, no último domingo, em Belo Horizonte, depois de entrarem em campo somente no segundo tempo.
O retrospecto do São Paulo,
porém, mostra que o treinador
já tem seu time-base definido
-só é mudado em virtude de
suspensões e contusões. A única grande disputa por um lugar
está no ataque, entre Borges e
Washington. Desde que chegou, Ricardo Gomes consolidou o segundo como titular,
mas hoje utilizará o camisa 17.
O São Paulo é o time que escalou menos jogadores neste
campeonato. Segundo o Datafolha, a equipe do Morumbi recorreu a 26, três a menos do
que o Barueri, sexto colocado.
Palmeiras, líder do Nacional,
Goiás, que está no G4, e Avaí,
adversário de hoje, usaram 30
jogadores até esta rodada.
A relação entre número de
atletas escalados e posição no
campeonato mostra uma tendência: as equipes que utilizaram menos jogadores estão na
parte de cima da tabela. Já os
clubes que abusaram do rodízio, com exceção do Atlético-MG, não tem mais grandes pretensões no Nacional.
Contra o Avaí, no Morumbi,
as ausências de André Dias, Richarlyson e Hernanes darão
nova oportunidade para alguns
reservas são-paulinos.
Ricardo Gomes só não contou com os dois volantes, jogadores de sua confiança, no duelo contra o Atlético-MG, em julho, quando o time tricolor, então em péssima fase, beirou a
zona de rebaixamento.
O técnico não anunciou os
substitutos dos dois volantes,
mas a tendência é que o meio-campo conte tanto com Arouca, que vem de uma sequência
de dois jogos no lugar de Hernanes, como com Marlos, reserva nos últimos nove jogos.
"Temos um time forte e, por
isso, o Ricardo [Gomes] tem
opções e pode variar. Ter boas
peças de reposição é muito importante no Brasileiro", declarou Jorge Wagner, que deve jogar como segundo volante.
Outra opção cogitada por Ricardo Gomes é deslocar Jean
para o meio-campo e escalar
Adrián González na lateral.
Nesse caso, Jorge Wagner e
Marlos disputam uma só vaga.
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