São Paulo, sábado, 12 de setembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Força do elenco" vira fala oficial no São Paulo

Borges e Marlos têm nova chance ante o Avaí, hoje

DA REPORTAGEM LOCAL

Se o São Paulo conquistar seu quarto brasileiro consecutivo, o técnico Ricardo Gomes e os jogadores são-paulinos já têm sua explicação para o feito: a "força" de seu elenco.
Para o treinador, o time são-paulino tem mais do que 11 atletas à disposição. Ricardo Gomes costuma dizer que tem 16 titulares para pôr em campo.
"É um número para mostrar a importância de todos, mas não é um número exato. Podem ser 16, 18 ou 20 atletas que vejo como titulares", declarou o técnico, na última terça-feira.
A "força do elenco" é usada principalmente para motivar jogadores que perderam espaço desde a chegada do treinador, como o atacante Borges, os meias Hugo e Marlos e os volantes Arouca e Zé Luis.
"Em um time forte como o São Paulo, a gente sabe que não há espaço para todos. Mas até quem está no banco pode decidir um jogo", disse Marlos.
Nesta semana, ele e Borges foram os maiores alvos dos discursos sobre a importância da "força do elenco", por terem sido os autores dos gols da virada sobre o Cruzeiro, no último domingo, em Belo Horizonte, depois de entrarem em campo somente no segundo tempo.
O retrospecto do São Paulo, porém, mostra que o treinador já tem seu time-base definido -só é mudado em virtude de suspensões e contusões. A única grande disputa por um lugar está no ataque, entre Borges e Washington. Desde que chegou, Ricardo Gomes consolidou o segundo como titular, mas hoje utilizará o camisa 17.
O São Paulo é o time que escalou menos jogadores neste campeonato. Segundo o Datafolha, a equipe do Morumbi recorreu a 26, três a menos do que o Barueri, sexto colocado.
Palmeiras, líder do Nacional, Goiás, que está no G4, e Avaí, adversário de hoje, usaram 30 jogadores até esta rodada.
A relação entre número de atletas escalados e posição no campeonato mostra uma tendência: as equipes que utilizaram menos jogadores estão na parte de cima da tabela. Já os clubes que abusaram do rodízio, com exceção do Atlético-MG, não tem mais grandes pretensões no Nacional.
Contra o Avaí, no Morumbi, as ausências de André Dias, Richarlyson e Hernanes darão nova oportunidade para alguns reservas são-paulinos.
Ricardo Gomes só não contou com os dois volantes, jogadores de sua confiança, no duelo contra o Atlético-MG, em julho, quando o time tricolor, então em péssima fase, beirou a zona de rebaixamento.
O técnico não anunciou os substitutos dos dois volantes, mas a tendência é que o meio-campo conte tanto com Arouca, que vem de uma sequência de dois jogos no lugar de Hernanes, como com Marlos, reserva nos últimos nove jogos.
"Temos um time forte e, por isso, o Ricardo [Gomes] tem opções e pode variar. Ter boas peças de reposição é muito importante no Brasileiro", declarou Jorge Wagner, que deve jogar como segundo volante.
Outra opção cogitada por Ricardo Gomes é deslocar Jean para o meio-campo e escalar Adrián González na lateral. Nesse caso, Jorge Wagner e Marlos disputam uma só vaga.


Texto Anterior: Morumbi quer até R$ 120 mi do BNDES
Próximo Texto: Após gol e pressão, Borges retorna à equipe titular
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.