No Pacaembu, onde pega o Vasco hoje, time obtém só 38% dos pontos

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Fechar o Parque Antarctica certamente não foi um bom negócio para o Palmeiras neste Brasileiro.
Desde a terceira rodada do campeonato, o time não atua em sua casa, fechada para reformas -que ainda nem começaram. Mudou-se para o Pacaembu, onde hoje enfrenta o Vasco, às 16h.
E se deu mal. Jogou uma vez em Barueri e, em seguida, adotou o Pacaembu, onde atuou sete vezes. Lá, alcançou aproveitamento pífio de 38% dos pontos. Venceu apenas Santos e Atlético-PR e apanhou de Flamengo, Atlético-GO e Cruzeiro.
É o pior aproveitamento do Palmeiras em casa, considerando o primeiro turno, na era dos pontos corridos. Os números só não são piores pois venceu os dois jogos que fez no Parque Antarctica neste Brasileiro, elevando o aproveitamento para 50%.
O que ainda é pouco. É um dos piores índices entre os 20 clubes. Só ganha dos times da zona de rebaixamento e empata com o Flamengo.
Nas edições de 2008 e 2009, por exemplo, o Palmeiras terminou o primeiro turno com aproveitamento de, respectivamente, 92,5% e 73,3% dos pontos que disputou em casa -mandou todas as partidas no Parque.
"Também tínhamos dificuldade em vencer dentro do Parque Antarctica. Eu não vejo nenhuma diferença, não existe essa história de que o Pacaembu é o estádio do Corinthians. Joguei lá algumas vezes em 2008 e tivemos várias vitórias", disse o atacante Kleber, que hoje deve formar dupla com Tadeu.
Deixar o Parque Antarctica também não foi lucrativo para o Palmeiras. Além dos gastos extras de aproximadamente R$ 60 mil para atuar no Pacaembu, o clube viu uma queda acentuada em sua média de público.
Foram 12.753 palmeirenses, em média, nos jogos do time fora de sua casa. Na primeira metade do Nacional do ano passado, a média de público foi de 15.209. Em 2008, no mesmo recorte, 14.528.
Com isso, a arrecadação média nos jogos em que foi mandante caiu 13% em relação à edição anterior, levando-se em conta os jogos do primeiro turno. Passou de R$ 464 mil para R$ 403 mil.
Dentro do clube, especula--se que o Palmeiras poderá mandar alguns jogos no interior do Estado, como Presidente Prudente e Ribeirão Preto. Talvez o time alviverde encontre sua sorte por lá.


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