São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2010

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FOCO

Cazaquistão aluga tenistas e ganha destaque no circuito

DE SÃO PAULO

"Eu sou russo, eu sempre serei russo", declarou o tenista Evgeni Korolev, que nasceu em Moscou, mas defende o Cazaquistão, fato que justifica como "só negócios."
Negócio que, estima-se, renda ao 69º do mundo cerca de US$ 1 milhão anuais, pouco menos do que ele amealhou em quase cinco anos de carreira: US$ 1,35 milhão.
Korolev, que chegou a ser chamado de Baby Marat em referência ao ex-líder do ranking Safin, é um dos que integram a estratégia do Cazaquistão de contratar "mercenários" para obter espaço no cenário do tênis mundial.
"Eles me dão todas as condições. Por isso, estou muito feliz em representar o país."
Além dele, o Cazaquistão também contratou Andrei Golubev (40º do mundo) e Mikhail Kukushkin (85º), ambos nascidos na Rússia.
O tenista do Cazaquistão mais bem colocado e que nasceu no país é Alexey Kedryuk, apenas o 447º.
Entre as mulheres, acontece algo semelhante. A única top 100 do país, Yaroslava Shvedova (31ª), é moscovita.
Shvedova ainda não conseguiu grande destaque em simples (tem um título), mas foi campeã de Wimbledon em duplas e hoje, ao lado da americana Vania King, disputa a final do Aberto dos EUA contra a local Lizel Huber e a russa Nadia Petrova.
Mas a federação cazaque não se limita a buscar talentos no vizinho. A segunda mais bem colocada no ranking é Sesil Karatantcheva (137ª) e nasceu na Bulgária.
Korolev foi a principal contratação e o apelido em referência à Safin foi esquecido. "Agora me chamam de príncipe do Cazaquistão."
Ele, entretanto, perdeu o trono. Em julho, o compatriota Golubev ganhou em Hamburgo seu primeiro título e o primeiro da história do país.
A conquista valeu um salto de quase 50 postos no ranking e desde então ele aparece como o mais bem colocado cazaque no ranking.


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