São Paulo, segunda-feira, 12 de setembro de 2011

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JUCA KFOURI

A gentileza continua


Ou ninguém quer ser campeão ou todos querem ver suspense e emoção até o fim do campeonato


NÃO É VERDADE que o Corinthians esteja fazendo uma campanha irregular apesar de líder do Brasileirão. O alvinegro está regularíssimo: ganha uma, perde outra, ganha uma, perde duas, e vai assim, um passo à frente, dois atrás, no ritmo que seus perseguidores haveriam de querer para poder ultrapassá-lo mais cedo ou mais tarde. Mas, qual o quê.
É um tal de "pode passar, por aqui, por favor", "não, imagine, estou muito bem aqui" e assim, rodada após rodada, pouco muda na ponta da classificação porque por mais que o Corinthians perca os seus concorrentes não aproveitam.
Depois de vencer o Flamengo em clima de decisão na quinta-feira, o Corinthians jogou ontem como se estivesse de ressaca ou muito cansado contra o Fluminense e embora ficasse mais com a bola, raramente ameaçou o gol carioca, ao contrário do tricolor, que foi melhor e mereceu o 1 a 0, em tarde inspirada de Fred.
Mas enquanto o alvinegro paulista perdia no Engenhão, o Botafogo, que poderia assumir a liderança, levava uma goleada (5 a 0) de criar bicho do Coritiba, e o Vasco, prejudicado pela arbitragem, só empatava com o Figueirense em um gol. Restava o São Paulo.
Que foi dominado e derrotado pelo Grêmio, por 1 a 0, em mais uma chance desperdiçada para assumir a liderança. Gol do ex-corintiano Douglas, gentileza do Mosqueteiro gaúcho ao paulista. Porque o Corinthians está estacionado na liderança graças à finesse de seus concorrentes.

COM A MÃO!
Ganhar da fabulosa seleção argentina de basquete, aquela que, como a do futebol, tem o ouro olímpico que nos dá inveja, na casa dela, já foi uma façanha inesquecível.
Mas seria um acidente de percurso se não viessem, em seguida, as vitórias contra Porto Rico e República Dominicana, a revanche com gosto de vaga. Vaga olímpica.
Conquistada na quadra para ir a Londres, e não compulsoriamente como será no Rio.
Vaga que fez chorar enormes campeões como Wlamir Marques e até quem apenas gosta de basquete como o segundo esporte nacional, como foi durante tantos anos.
E pensar que devemos tudo isso ao verdadeiro hermano argentino Rúben Magnano, para, cá entre nós, vergonha dos técnicos nacionais.
Será que a seleção de futebol também não agradeceria um choque parecido?

blogdojuca@uol.com.br


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