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FIA enrijece fiscalização na McLaren
Federação terá comissário na equipe para assegurar igualdade de tratamento entre Alonso e Hamilton
DA ENVIADA A PEQUIM
De nada adiantou a McLaren
divulgar comunicado para dizer que seus pilotos receberão
tratamento igual no GP Brasil
de F-1. Para evitar polêmica, a
FIA terá um comissário para vigiar a equipe em Interlagos.
Lewis Hamilton e Fernando
Alonso podem levar o título. O
inglês tem quatro pontos de
vantagem sobre seu colega.
A novidade foi divulgada por
Carlo Gracia, presidente da federação espanhola, que estará
no Brasil no dia 21, como convidado de Ron Dennis, chefe da
McLaren. "A FIA terá um comissário para assegurar que
nada de errado aconteça a Fernando, especialmente na classificação, que é onde houve
mais reclamações ou situações
estranhas neste ano", declarou
Gracia ao diário espanhol "As".
De fato, o estopim para a crise de relacionamento entre
Alonso e a McLaren aconteceu
em um treino classificatório.
Foi em Budapeste, em agosto.
Irritado por Hamilton não
lhe abrir caminho na sessão,
Alonso segurou o companheiro
no pit, fazendo com que ele não
pudesse abrir sua volta e não tivesse chance de lutar pela pole.
Na ocasião, Alonso foi punido pela FIA com a perda de cinco posições no grid -sairia em
primeiro. Depois disso, a crise
entre os dois e entre o espanhol
e a McLaren só piorou. Após esse incidente o piloto "avisou"
Dennis que tinha e-mails que
poderiam prejudicar o time no
escândalo de espionagem.
No sábado, em Xangai, Alonso se revoltou com a equipe depois da classificação. O piloto,
que vinha sendo o mais rápido
em quase todas as sessões de
treinos, ficou em quarto no
grid. Hamilton ganhou a pole.
Foi o suficiente para que ele
saísse atirando nas entrevistas
pós-treino. Disse não confiar
em Dennis, nem na equipe.
Mas após o erro de Hamilton
no GP da China e de ter completado a prova de domingo em
segundo, o espanhol baixou o
tom do discurso. Aí foi a vez de
Dennis fazer comentário polêmico. Disse que a demora na
troca dos pneus do carro do inglês -o que pode ter causado o
erro- só se deu porque eles estavam correndo contra Alonso.
As palavras do dirigente, as
reclamações do bicampeão e
um pedido formal da federação
espanhola fizeram com que a
FIA decidisse então pelo fiscal.
"Em 3 de outubro tive reunião com Max Mosley [presidente da FIA] e mostrei minha
preocupação com a situação
pela qual Fernando passa e ele
reassegurou isso", diz Gracia.
Ele não quis ligar o fato de ir
ao GP Brasil com o de fiscalizar
o comportamento da McLaren.
"Temos dois espanhóis na
equipe [além de Alonso, Pedro
de la Rosa é piloto de testes] e
faz sentido para a federação estar presente na corrida."
(TC)
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