São Paulo, sexta-feira, 12 de outubro de 2007

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FIA enrijece fiscalização na McLaren

Federação terá comissário na equipe para assegurar igualdade de tratamento entre Alonso e Hamilton

DA ENVIADA A PEQUIM

De nada adiantou a McLaren divulgar comunicado para dizer que seus pilotos receberão tratamento igual no GP Brasil de F-1. Para evitar polêmica, a FIA terá um comissário para vigiar a equipe em Interlagos.
Lewis Hamilton e Fernando Alonso podem levar o título. O inglês tem quatro pontos de vantagem sobre seu colega.
A novidade foi divulgada por Carlo Gracia, presidente da federação espanhola, que estará no Brasil no dia 21, como convidado de Ron Dennis, chefe da McLaren. "A FIA terá um comissário para assegurar que nada de errado aconteça a Fernando, especialmente na classificação, que é onde houve mais reclamações ou situações estranhas neste ano", declarou Gracia ao diário espanhol "As".
De fato, o estopim para a crise de relacionamento entre Alonso e a McLaren aconteceu em um treino classificatório. Foi em Budapeste, em agosto.
Irritado por Hamilton não lhe abrir caminho na sessão, Alonso segurou o companheiro no pit, fazendo com que ele não pudesse abrir sua volta e não tivesse chance de lutar pela pole.
Na ocasião, Alonso foi punido pela FIA com a perda de cinco posições no grid -sairia em primeiro. Depois disso, a crise entre os dois e entre o espanhol e a McLaren só piorou. Após esse incidente o piloto "avisou" Dennis que tinha e-mails que poderiam prejudicar o time no escândalo de espionagem.
No sábado, em Xangai, Alonso se revoltou com a equipe depois da classificação. O piloto, que vinha sendo o mais rápido em quase todas as sessões de treinos, ficou em quarto no grid. Hamilton ganhou a pole.
Foi o suficiente para que ele saísse atirando nas entrevistas pós-treino. Disse não confiar em Dennis, nem na equipe.
Mas após o erro de Hamilton no GP da China e de ter completado a prova de domingo em segundo, o espanhol baixou o tom do discurso. Aí foi a vez de Dennis fazer comentário polêmico. Disse que a demora na troca dos pneus do carro do inglês -o que pode ter causado o erro- só se deu porque eles estavam correndo contra Alonso.
As palavras do dirigente, as reclamações do bicampeão e um pedido formal da federação espanhola fizeram com que a FIA decidisse então pelo fiscal.
"Em 3 de outubro tive reunião com Max Mosley [presidente da FIA] e mostrei minha preocupação com a situação pela qual Fernando passa e ele reassegurou isso", diz Gracia.
Ele não quis ligar o fato de ir ao GP Brasil com o de fiscalizar o comportamento da McLaren. "Temos dois espanhóis na equipe [além de Alonso, Pedro de la Rosa é piloto de testes] e faz sentido para a federação estar presente na corrida." (TC)


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