DA REPORTAGEM LOCAL

Equipe com defesa eficiente, mas com atacantes baixas. Marca do vôlei asiático, essas características têm se destacado na seleção brasileira na Copa Mundo.
Esse Brasil orientalizado terá pela frente amanhã, às 7h, uma equipe que está percorrendo o caminho inverso. O Japão cresceu, tem mostrado o ataque como sua principal arma e está mais próximo do vôlei ocidental.
De acordo com as estatísticas da federação internacional, o time japonês possui duas jogadoras entre as melhores atacantes e pontuadoras do torneio. Takahashi já anotou 118 pontos, aproveita 54,4% de suas ações e está em quinto lugar nas duas listas.
E a oposto é a mais baixa da equipe, com 1,70 m. As pontas Oyama e Kurihara medem 1,87 m e 1,86 m, respectivamente.
Entre as brasileiras, a maior pontuadora é a meio-de-rede Valeskinha, 17ª com 91 pontos, e Virna é a 12ª melhor atacante, com 45,51% de aproveitamento. As ponteiras titulares da seleção, Virna e Érika, têm 1,84 m e 1,80 m respectivamente.
"Acho que nunca vi no Japão duas pontas que pegassem a bola tão alto. Mas nossa atenção precisa estar mais voltada para as meios Takeshita e Sugiyama. São delas as bolas mais difíceis de marcar. Agora, quem se mexe mais é a oposto Takahashi", disse o técnico Zé Roberto.
Para parar o ataque japonês, o treinador conta com as boas fases de Valeskinha, segunda melhor bloqueadora, com 0,96 ponto por jogo, e da defesa do Brasil.
A líbero Arlene é, até agora, a melhor de sua posição no torneio. Ela possui também a segunda melhor recepção (89,29% de aproveitamento) e é a mais eficiente na defesa, com 3,5 por set. Neste fundamento, Virna também se destaca, na nona posição.
A japonesa mais bem colocada no ranking de defesa é Takahashi, com 1,53 ação por set.