São Paulo, segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CIDA SANTOS

A vaga, o blecaute e a líder


A seleção ainda mostra sérios vacilos, carece de uma atleta que empurre a equipe, mas é favorita a um lugar em Pequim

O CAMINHO está tranqüilo para o Brasil conquistar uma das três vagas para a Olimpíada de Pequim em jogo na Copa do Mundo. O time pode até perder uma das três partidas que restam. Pela ordem, os últimos adversários serão: Itália, Sérvia e Japão.
As sérvias e as japonesas podem até dar trabalho, mas o Brasil é favorito. Ainda mais que contará com o reforço de Jaqueline, recuperada de contratura muscular na coxa direita.
O grande confronto será na quarta com as italianas, que, ao lado das americanas, são as únicas invictas.
A Itália evoluiu muito neste ano. Com a mudança de técnico -Massimo Barbolini no lugar de Marco Bonitta-, o time se uniu. A entrada da cubana naturalizada italiana Taismary Aguero deu mais força ao ataque. Não dá para esquecer que a equipe também tem uma grande levantadora, Lo Bianco.
Para chegar ao título, o caminho está complicado. O Brasil precisa vencer a Itália e torcer por um tropeço dos EUA (contra Sérvia, Japão ou Itália). Nesse caso, as três seleções ficariam com uma derrota e a decisão seria na média dos pontos feitos divididos pelos perdidos.
O que é animador é que a Itália ainda não enfrentou os principais adversários. Terá as três grandes pedreiras nas últimas rodadas: Brasil, Cuba e EUA. É possível que as italianas sofram mais de uma derrota.
O que complicou o Brasil foi a derrota para os EUA. Um resultado que lotou minha caixa de e-mails com as seguintes perguntas de leitores: O que acontece com o time? Venceu fácil os dois primeiros sets, depois deixou as americanas virarem. Mais um blecaute, como disse Sheilla?
Difícil explicar, mas o certo é que a concentração cai, o time pára de forçar o saque, o ataque se resume às bolas altas na ponta e tudo fica mais fácil para o adversário.
Ok, os EUA têm bom time, uma gigante (Haneef-Park, com 2 m), que sozinha fez 26 pontos. Mas o Brasil vacilou.
O que chama atenção também é a passividade da seleção nos momentos difíceis. Falta uma líder em quadra, que fale, grite e puxe o time. Fofão é uma grande levantadora, talvez a melhor do mundo hoje, mas é muito quietinha para ser a capitã.

AS CHANCES
Itália, EUA e Brasil são os favoritos para ficar com as três vagas olímpicas. No grupo intermediário estão Sérvia, Japão e Cuba, com duas derrotas. A Polônia, com cinco derrotas, é a decepção. Mas ontem, sem o técnico, que voltou para a Itália com problemas pessoais, venceu a Sérvia.

SEM RICARDINHO
O Brasil vai disputar a Copa do Mundo sem o levantador. Quatro meses depois do corte do do Pan do Rio, o técnico Bernardinho e Ricardinho ainda não se falaram. Uma pena. A seleção estréia no torneio no domingo e já pega um grande adversário: os Estados Unidos.

cidasan@uol.com.br

Texto Anterior: Hipismo: Pessoa vence com filho de Baloubet
Próximo Texto: Santos não suporta Maracanã lotado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.