São Paulo, quinta-feira, 12 de novembro de 2009

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Agora, árbitro salva o Palmeiras

Em mais um lance polêmico, desta vez a seu favor, equipe empata com o Sport após levar dois gols

Jorge Araújo/Folha Imagem
Obina, após chance desperdiçada no empate do Palmeiras
com o Sport no Parque Antarctica


Palmeiras 2
Sport 2


LUCAS REIS
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O que tinha jeito de passeio sobre o Sport quase virou tragédia palmeirense. Em casa, o time que liderou 17 rodadas do Campeonato Brasileiro empatou com aquele que segue em último na tabela e se tornou o primeiro a cair em 2009.
Após toda a polêmica na arbitragem de Carlos Eugênio Simon que ajudou a derrubar os paulistas no último domingo, diante do Fluminense, ontem foi a vez de Elmo Alves Resende causar protestos, mas do rival.
No gol que decretou o empate dos donos da casa, aos 40min do segundo tempo, a posição do zagueiro Danilo era legal. Mas o Sport alega que o juiz apitara impedimento, o que se confirma pelo áudio da TV.
O goleiro Magrão nem pulou na bola que o beque palmeirense chutou para o fundo das redes. "Nosso time parou, o Palmeiras parou. É palhaçada o que a juizada está fazendo", falou o lateral Élder Granja, que dava condição a Danilo.
O resultado, apesar de recolocar o Palmeiras provisoriamente na liderança do campeonato, poderá resultar em queda da equipe para o quarto lugar na tabela dependendo do desfecho da 35ª jornada.
Serviu, também, para amenizar a tensão criada no Parque Antarctica após uma atuação apática na etapa inicial, que se encerrou com o 2 a 0 a favor dos pernambucanos no placar.
Vaias, gritos de "burro" para o técnico Muricy Ramalho e de "raça" para a equipe marcaram os primeiros 45 minutos.
Enquanto o time deixava o campo em direção ao vestiário, o presidente do clube, Luiz Gonzaga Belluzzo, discutia com torcedores que pediam a cabeça de Muricy nas cadeiras cobertas do estádio.
O dirigente, que, após a derrota para o Fluminense, no domingo, iniciou um duelo particular com Simon, ontem teve de receber inúmeras visitas no camarote da presidência de dirigentes insatisfeitos com o desempenho do elenco.
Não era para menos. O Sport, ainda na lanterna do Nacional com 33 pontos, não havia vencido nenhum confronto fora do Recife. Até ontem, eram seis empates e 11 derrotas.
O Palmeiras, que perdera a liderança do campeonato na rodada anterior ao ser batido por outro que luta contra o rebaixamento, não ganhou de nenhum dos candidatos à degola no segundo turno.
A reviravolta palmeirense no Brasileiro ficou mais fácil de ser compreendida depois da apresentação de ontem.
Logo aos 12min, uma triangulação benfeita pelo lado esquerdo resultou no cruzamento de Dutra que o atacante boliviano Arce, ex-Corinthians, completou para o gol.
Quatro minutos depois, Adriano Pimenta puxou contragolpe e enfiou para Wilson, que fintou Armero e tocou na saída de Marcos. 2 a 0.
Imediatamente, a torcida começou a pedir a entrada do volante Pierre, que ficou mais de dois meses parado. Muricy atendeu aos apelos já na volta para a etapa complementar.
A cara do jogo começou a mudar após o árbitro expulsar o zagueiro Durval, que recebeu o segundo amarelo.
Com um a mais, o Palmeiras se lançou à frente e diminuiu a vantagem aos 27min, com Deyvid Sacconi. Na base da pressão, a equipe chegou à igualdade com Danilo e assumiu a ponta com um gosto amargo.
"Pelo menos isso", disse, cabisbaixo, o atacante Obina.


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