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FUTEBOL
Atlético-MG e Corinthians estão entre as equipes menos faltosas e mais disciplinadas da competição
Final do Brasileiro consagra "fair play"
da Reportagem Local
e do enviado a Belo Horizonte
No Campeonato Brasileiro
marcado pela violência, duas
equipes disciplinadas e pouco faltosas vão disputar a final.
O Atlético-MG tem a segunda
menor média de faltas cometidas
-24,2 por jogo. O Corinthians é
o quinto menos faltoso -média
de 25,4 infrações por partida.
No geral, cada time faz uma
média de 28 faltas por jogo.
Os dois finalistas do Nacional
também evitaram reclamações
contra a arbitragem e, consequentemente, tiveram poucos jogadores advertidos com o cartão
vermelho (veja quadro abaixo).
No Corinthians, que teve apenas dois jogadores expulsos, o
único problema grave disciplinar
aconteceu com o volante Rincón,
que foi suspenso por dar uma cotovelada no atacante Leandro
Machado, do Flamengo.
"Acho que é a postura do treinador que faz a gente jogar na bola", diz Márcio Costa, zagueiro
corintiano que tem média de apenas 0,5 falta cometida por jogo.
As declarações do jogador, porém, são contestadas pelo próprio Oswaldo de Oliveira, treinador do time paulista, que no ano
passado teve Gamarra, eleito melhor jogador do Campeonato
Brasileiro com suas sequências
de até cinco jogos sem cometer
faltas.
"Em alguns momentos, eu até
falei para os atletas procurarem
interceptar mais as jogadas do
adversário", afirma Oliveira, que
não considera toda falta sinônimo de violência.
Para Galván, zagueiro argentino do Atlético-MG, que teve apenas três jogadores expulsos,
quando um time está entrosado
não precisa fazer faltas. "A defesa
que se posiciona bem e coordena
sua movimentação, só vai fazer
falta como última hipótese. Se o
meio-de-campo também estiver
entrosado, aí o time vai sempre liderar a lista do fair play", afirma.
Segundo ele, sua trajetória no
Atlético-MG está derrubando a
fama de que todo zagueiro argentino é violento.
"Eu sei que existe isso no Brasil.
Vejo porque os árbitros prestam
muita atenção em mim. E, desde
que me envolvi na briga que interditou o estádio Independência
(jogo contra o Vitória, na fase de
classificação), procuro não fazer
falta. É o meu estilo", diz Galván.
O atleta argentino aponta os
contra-exemplos de Guarani e
Ponte Preta, que fizeram boa
campanha na primeira fase na
base da forte marcação e das faltas, mas foram eliminados nas
quartas-de-final.
No jogo de hoje, o Atlético-MG
vai procurar ser ainda mais cuidadoso. A equipe teme cometer
faltas perto de sua área, criando
oportunidades para as cobranças
do meia-atacante corintiano
Marcelinho.
(PC, FV e RB)
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