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AÇÃO
Brasileiros no Havaí
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
O circuito mundial de surfe
já tem um novo campeão, o
havaiano Andy Irons, 24, 15º atleta a conquistar o título máximo
do surfe profissional em 27 anos
de Tour. Ele pôde comemorar o
campeonato no início da semana
passada, ainda nas quartas-de-final do Rip Curl Cup, penúltima
etapa do ano, em Sunset, Havaí.
No início da temporada, apesar
de estar há apenas quatro anos
na elite mundial e, àquela altura,
nunca ter vencido uma etapa do
circuito, foi apontado como sério
candidato ao título. E logo ratificou as expectativas, vencendo a
segunda prova do ano em Bells,
Austrália, e, na sequência, nas
cascudas ondas de Teahupoo.
Manteve a regularidade e,
quando venceu pela terceira vez,
em Mundaka, Espanha, depois de
ser vice em Hossegor, França, ambas finais disputadas com Neco
Padaratz, folgou de vez no ranking. Com cerca de mil pontos de
vantagem sobre o segundo, veio
ao Brasil já com chances de comemorar o Mundial por aqui. Não
deu. Voltou para casa, ausente
que estava, havia três meses.
Nos minutos anteriores à conquista, ainda sofreu um pouco. A
vontade nas grandes ondas que
rolaram em Sunset, sobrava na
bateria, mas, numa bobeada, cometeu uma interferência, foi penalizado e perdeu para Peterson
Rosa e Lee Winkler. Como seu
único rival na disputa do título,
Luke Egan, seguia na competição,
viveu alguns momentos de
apreensão, que logo terminaram
com a derrota do australiano.
Agora, com a taça na mão,
aguarda tranquilo a entrada de
uma ondulação que dará início à
última etapa, em Pipeline, vencida em 2001 por seu irmão Bruce.
Menos tranquilos estão os brasileiros. À exceção de Peterson
Rosa (16º) e Neco Padaratz (17º),
que, tivesse feito na primeira metade do Tour o que vem fazendo
na segunda, estaria entre os líderes, fazemos a pior temporada no
WCT dos últimos anos.
Dos dez brasileiros no circuito,
cinco não têm mais chances de se
classificar por esse ranking, sendo
que quatro figuram entre os cinco
últimos colocados. Outros três,
Renan Rocha, Guilherme Herdy,
e Teco Padaratz, apostam todas
as fichas nos tubos de Pipeline.
Certo é que, em 2003, o número
de brasileiros na elite irá cair. Garantidos hoje, apenas dois, Peterson e Neco, pelo WCT, e, pelo ranking de acesso WQS, outros quatro, Victor Ribas, Fabio Gouveia e
Paulo Moura, que seguem entre
os 45 melhores, e Armando Daltro, que faz sua volta ao clube.
Além desses, Danilo Costa é nome praticamente certo. Em 17º no
WQS, já encerrado, ele só precisa
que dois dos atletas à sua frente
continuem garantindo a vaga pelo ranking principal. Como nas
últimas edições ele viveu situação
muito parecida e não se classificou, é melhor aguardar.
Longe do cenário competitivo
do North Shore da ilha de Oahu, a
ansiedade vinha da expectativa
de ondas gigantes. Em Maui, as
mandíbulas de Jaws já mostraram os dentes. Um swell entre os
maiores que já rolaram por lá deu
prazer e medo, alívio e sufoco para os que marcaram presença.
Além da habitual dupla Carlos
Burle/Eraldo Gueiros e de Silvio
Mancusi, que treinam para a Copa de Tow in, João Maurício Jabor e Pato se juntaram revezando
jet-ski e prancha e pegaram boas.
Infelizmente para Pato a sessão
terminou no hospital com o joelho prejudicado. A temporada de
El Niño está só começando.
Boa ação
Atletas de ponta dos esportes de ação farão um jogo de futebol beneficente no próximo dia 18, no Pacaembu. Organizado pela ESPN
Brasil, o racha terá Bob Burnquist, Sandro Dias, Fabíola Silva, Andréa Lopes e Jorge Negretti entre os protagonistas.
Short adventure
Com 57 km de percurso, terminou no sábado, no Petar, SP, o circuito de corrida de aventura. Com o recorde de 128 duplas inscritas, a equipe Bairro da Serra ganhou a prova, mas o grande vencedor foi um senhor de 68 anos, José Garcia, que participou da etapa
anterior no litoral norte e, no sorteio, ganhou um Mitsubishi L200.
Gelada
O sul-africano Mike Hom, 36, está andando sozinho pelo Pólo
Norte numa jornada de 20 mil quilômetros, da Noruega à Sibéria,
onde pretende chegar em maio de 2003.
E-mail sarli@revistatrip.com.br
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