UOL


São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 2003

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Enxurrada
O Estatuto do Desporto recebeu mais emendas na última hora do que a própria assessoria do relator do projeto, o deputado Gilmar Machado (PT-MG), imaginava. Foram 123 apresentadas até a meia-noite de anteontem, quando venceu o prazo para entregá-las.

Lobby do futebol
Segundo o C13, pelo menos 71 emendas tiveram o dedo da entidade que reúne 20 dos maiores times do país, da CBF, da FPF, da FGV, além de alguns clubes, que sugeriram emendas separadas, como Corinthians e Inter.

Vida curta
Uma das emendas que mais irritaram os dirigentes, tanto os de futebol quanto os dos esportes amadores, foi apresentada pelo deputado Bismarck Maia (PSDB-CE), que quer limitar os mandatos dos cartolas. Eles não poderiam ficar mais de oito anos no cargo -o direito seria de apenas uma reeleição.

Isonomia
Em compensação, os dirigentes de futebol gostaram de outra proposta de Bismarck Maia, que coloca o Comitê Olímpico Brasileiro como entidade nacional de administração do desporto. Foi a forma encontrada para submetê-lo às mesmas fiscalizações a que os clubes estarão sujeitos com a nova legislação, que só deve ser votada no final do primeiro semestre de 2004.

Mandrake
O Vasco investiga o sumiço de móveis, utensílios e de dois troféus de São Januário. A direção do clube suspeita que eles tenham sido levados por funcionários, que não recebem salários há três meses e já ameaçaram entrar em greve.

Futuro incerto
Mesmo que a Ponte não caia para a Segundona, Abel Braga já confirmou que sai domingo do time campineiro. Só que Eurico Miranda insiste: não vai chamá-lo para trabalhar no Vasco.

Presépio
Ricardo Teixeira conseguiu o apoio que queria no Conselho Técnico da CBF. A maioria dos clubes deve votar a favor da proposta do dirigente, mantendo o Brasileiro de 2004 com pontos corridos, mas quatro -e não só dois- rebaixados à Série B.

Média
O cruzeirense Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu ontem os campeões brasileiros. Para não ficar mal com a metade atleticana de Minas, o governador se encontrará na segunda com dirigentes e jogadores do Atlético, que reelegeu ontem Ricardo Guimarães à presidência.

Samba e futebol
No lançamento do Estadual do Rio, os clubes sofreram uma derrota. A federação decidiu manter a final da Taça Guanabara para 21 de fevereiro, sábado de Carnaval, apesar da reclamação dos dirigentes dos grandes times cariocas.

Só dá Mengão
A pedido da Federação do Rio, o Instituto Portfólio apresentou uma pesquisa sobre o futebol fluminense com 1.260 torcedores. A maior torcida foi a do Fla, disparada com 48%. Em segundo, o Vasco teve 19%, o Flu ficou com 8%, e o Botafogo, com 6%.

Na rabeira
Ainda de acordo com a pesquisa, o clássico que mais interessa aos torcedores do Rio é Flamengo x Vasco. Contra times de outros Estados, ficou na frente Flamengo x Grêmio. Detalhe: os gaúchos ainda correm risco de cair para a Série B.

Subsidiado
O Flamengo fechou ontem parceria com a Prefeitura do Rio. Ela viabilizará a construção de seu estádio, do centro de treinamento em Vargem Grande e também permitirá a centralização das atividades socio-desportivas na Gávea.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA
De Serafim Fernandes de Araújo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e conselheiro do Atlético-MG, sobre a conquista do Cruzeiro:
- Eles nem sabem como comemorar. O Atlético está em baixa, mas não vejo nenhuma camisa do Cruzeiro nas ruas.

CONTRA-ATAQUE

Mil e uma utilidades

Durante os anos 80, os "atletas de Cristo" viveram sua época áurea no Brasil.
Seus maiores expoentes eram os jogadores de futebol, que não perdiam nenhuma chance para divulgar as mensagens de suas respectivas igrejas. Era comum ver atletas com camisetas e bonés que faziam referência à religião. Alguns, como Silas, emprestavam sua imagem a campanhas de livros sobre uma vida regrada por preceitos religiosos.
O tiro saiu pela culatra no caso do goleiro João Leite, ex-Atlético-MG, que costumava distribuir exemplares da Bíblia aos adversários antes dos jogos.
Em certa oportunidade, Elias Barburi, diretor de seu time, lançou um dos livros na cabeça de um bandeirinha durante jogo.
Foi o suficiente para convencer o jogador a não distribuir mais a Bíblia.


Próximo Texto: Ministro busca legitimar mais uma cortesia do COB
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.