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Pacheco culpa Rodrigo por confusão
da Reportagem Local
O presidente da Lusa, Manuel
Pacheco, atribuiu a Rodrigo a polêmica negociação do jogador com
o Real Madrid (Espanha), que levou o dirigente a pedir a renúncia
do cargo, decisão revista depois.
Segundo Pacheco, quando da vigência da prioridade do Real Madrid para a compra do seu passe,
Rodrigo afirmara que não iria para
aquele time "de jeito nenhum".
Além disso, o atleta já tinha firmado um pré-contrato com o La
Coruña, que passaria a valer a partir do dia 3 de janeiro de 98.
A prioridade do Real Madrid valia até 31 de dezembro de 97.
O La Coruña reivindica agora na
Fifa a compra de Rodrigo, baseado
nesse pré-contrato, e tenta invalidar a venda ao Real Madrid.
"Como o Real não pagara uma
das parcelas (US$ 500 mil) da compra do Zé Roberto, nós denunciamos na Fifa e na Federação Espanhola e entendíamos que a prioridade tinha sido perdida. Assim, fizemos um contrato com o La Coruña que batia com o que ele tinha
feito", justificou-se o dirigente.
Enquanto o Real Madrid tinha
prioridade para comprá-lo por
US$ 10 milhões, o La Coruña oferecia US$ 15 milhões.
"Depois, para nossa total surpresa, o discurso dele foi totalmente mudado", completou.
O procurador de Rodrigo, Fernando César, a quem Pacheco
igualmente atribui declarações de
que Rodrigo não tinha interesse
em jogar no Real Madrid, prefere
não se manifestar sobre o assunto.
"Eu não vou polemizar. É passado; só interessa aos historiadores."
Os dirigentes do clube madrileno depositaram o dinheiro no dia
30 de dezembro.
Pelo modo como repercutiu a
negociação, o presidente optou
pela renúncia. Depois, voltou atrás
e pediu uma reunião do COF
(Conselho de Orientação e Fiscalização) para investigação da venda.
O dirigente afirma ter provas suficientes de que a venda atende às
exigências do COF, que estipulara
em US$ 15 milhões o valor mínimo
para negociação do jogador.
"Ou US$ 11 milhões líquidos. O
Real depositou US$ 8 milhões, e
nós recebemos em definitivo o
Evandro, que representa US$ 2,5
milhões, e o empréstimo do Bruno
Quadros, o que representa outros
US$ 500 mil", afirma o dirigente."
Além disso, o presidente diz ter
outra carta na manga.
"A partir de 1º de janeiro, todos
os clubes passaram a pagar Imposto de Renda. Com o valor que teríamos que pagar, caso vendêssemos o Rodrigo para o La Coruña, a
diferença para o valor que o Real
pagou era quase inexistente."
O meia Evandro apresentou-se
ontem. Nos próximos dias, outro
reforço chegará ao clube, bancado
pela Federação Paulista de Futebol. O mais provável é que seja o
atacante Evair, que foi campeão
brasileiro pelo Vasco.
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