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BASQUETE
Ourinhos, ainda invicto, e Americana iniciam a final que pode consagrar Janeth como maior vencedora do torneio
Nacional dos recordes vê final paulista
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Absolutos desde o início do Nacional feminino, em outubro,
Americana e Ourinhos começam
a decidir o campeonato hoje.
Em suas campanhas até a final,
as equipes não perderam nenhum jogo para os outros rivais.
O Ourinhos ostenta uma invencibilidade de 17 duelos, a maior da
história do Nacional, competição
criada em 1998. Já o Americana
sofreu apenas duas derrotas, ambas para seu adversário na final.
O bom retrospecto pode render
mais feitos históricos. Até agora, o
Ourinhos tem 100% de aproveitamento e pode se tornar a primeira
equipe a ser campeã sem sofrer
revés. Caso fique com o título, já
será o vencedor com o melhor retrospecto da história do torneio
(90,9% de aproveitamento, se a
série final terminar em 3 a 2).
O Americana, por outro lado,
não fica tão atrás. Seu aproveitamento (88,2%) só é pior do que o
do Santo André, campeão do Nacional há quatro anos (90,5%).
Para chegar lá, o passo inicial do
time do técnico Paulo Bassul será
superar os favoritos no primeiro
jogo, que será em Americana.
"Nenhuma equipe é invencível.
Elas também não são. Em nossa
última partida contra o Ourinhos,
no segundo turno, poderíamos
ter vencido. Mas bobeamos no final", lamenta Bassul, referindo-se
à dolorosa derrota por 73 a 66.
Na ocasião, seu time vencia por
57 a 49 ao final do terceiro quarto,
mas deixou o Ourinhos reagir.
"Não soubemos explorar nossas melhores bolas nos momentos decisivos", diz a pivô Ega, uma
titulares do time ao lado de Jacqueline, Lílian, Micaela e Geisa.
Foi a única vez que a equipe da
ala Janeth esteve perto da derrota.
Mesmo assim, o técnico Antonio
Carlos Vendramini teme surpresas nos confrontos decisivos.
"É difícil ganhar durante todo
campeonato. Mas, se fizermos a
lição de casa, o título será nosso",
afirma Vendramini, lembrando a
vantagem de atuar três jogos no
ginásio Monstrinho, em Ourinhos (na sexta, no domingo e, se
necessário, na próxima quinta).
O treinador deve começar o jogo com Gattei, Silvinha, Lígia, Erika e Janeth. Essa última, aliás, pode se tornar a maior vencedora de
Nacionais. A ala foi campeã em
1999 (Santo André), 2001 (Vasco)
e 2002 (São Paulo-Guaru).
"Esse título iria engrandecer
ainda mais o meu currículo. De
todas as finais de Nacional que
participei, essa é a mais importante para mim", conta Janeth.
No Americana, a única capaz de
chegar a tal façanha é a pivô Kelly
Cota, que atuou ao lado de Janeth
em todas as suas conquistas anteriores. Hoje, pela primeira vez, as
duas se enfrentarão em uma final.
"Gosto da Janeth, que me ensinou muita coisa. Mas não fiquei
acompanhando ela em todos os
times que ela ia. Foi coincidência
termos feito essas decisões juntas.
Agora, tenho que dificultar ao
máximo para ela", conta Kelly,
que atuou sete anos no Santo André, antes de passar por Vasco,
São Paulo-Guaru e Americana.
NA TV - Sportv, ao vivo,
a partir das 19h
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