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Acordo encerra "caso Ronaldinho"
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Mediante o pagamento de US$
4,2 milhões feito pelo Paris Saint-Germain, o Grêmio aceitou retirar a ação na Justiça do Trabalho e
dar por encerrado o ""caso Ronaldinho", iniciado há um ano,
quando terminou o contrato do
jogador com o clube gaúcho e ele
se transferiu para a França.
Além desse valor, o Grêmio será
restituído dos valores que foram
depositados judicialmente, referentes aos salários que seriam pagos ao jogador. Com isso, o clube
gaúcho receberá, na prática, por
volta de US$ 4,5 milhões, US$ 1,3
milhão a menos do que havia sido
acertado pelas duas partes em novembro do ano passado.
Na prática, portanto, a redução
significou uma vitória para os dirigentes franceses, que chegaram
a ameaçar não pagar nada.
Outro item existente no acordo
firmado entre Grêmio e PSG é o
de que o clube gaúcho, a cada
transferência do jogador, receberá 5% do valor da transação
-trata-se de uma exigência do
regulamento da Fifa existente
desde 1º de setembro para dar algum tipo de proteção ao clube
que formou o atleta.
A definição do negócio ocorreu
anteontem, em Paris. Representando o Grêmio, estavam o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Jayme Eduardo Machado, e
o diretor financeiro Airton Ruschel, e, pelo PSG, o presidente
Laurent Perpère e o diretor financeiro Pierre Frelot. Também participaram do encontro o próprio
Ronaldinho e seu irmão, Roberto
Assis Moreira, que atua como empresário do jogador.
Além de se comprometer a pagar todos os custos gastos na Justiça do Trabalho pelo Grêmio, o
PSG aceitou não entrar com uma
eventual ação na Justiça contra a
Fifa para não fazer qualquer pagamento ao clube gaúcho.
O ""caso Ronaldinho" começou
no segundo semestre de 2000.
Após assinar pré-contrato com o
PSG, o jogador se transferiu para
Paris sem que o Grêmio recebesse
quaisquer valores pela transferência. O anúncio do negócio ocorreu em fevereiro de 2001, quando
se encerrou o contrato.
Para agir assim, o PSG se baseou
na lei que extinguiu o passe e que
entrou em vigor em 26 de março
de 2001. O Grêmio, então, entrou
com recurso na Justiça do Trabalho exigindo uma indenização de
R$ 84 milhões. Para chegar a esse
cálculo, o time gaúcho levou em
consideração proposta que o clube inglês Leeds United teria lhe
feito no início do ano passado.
Em decisão de primeira instância, a juíza Antônia Mara Loguércio determinou que Ronaldinho
indenizasse o Grêmio em R$ 29,5
milhões. O clube, na sequência,
entrou com recurso na Fifa pedindo indenização de US$ 27 milhões, a ser paga pelo PSG.
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