DA REPORTAGEM LOCAL

Para quem tinha a certeza de que acabaria sua prova na última posição nos Jogos Olímpicos de Inverno, a brasileira Franziska Becskehazy, 36, obteve ontem um resultado menos ruim do que o esperado em Salt Lake (EUA).
A atleta terminou os 10 km do cross country em 59º lugar e com o pior tempo -46min46s. Mas conseguiu escapar da última posição. Laurence Rochat, da Suíça, e Kristina Smigun, da Estônia, não cumpriram todo o percurso.
Franziska cruzou a linha de chegada 18min40s04 depois da primeira colocada, a norueguesa Bente Skari, e 8min29s06 depois da armênia Margarit Nikolyan, que terminou na 58ª colocação.
"Foi o melhor tempo de minha vida, e posso dizer que a minha missão foi realizada. Ganhei de mim mesma", disse ela, que levou um susto durante o percurso.
"Na terceira subida, achei que fosse desmaiar, mas tive forças para seguir no meu ritmo. Estava tão concentrada que só via uns cinco metros na minha frente".
A prova de ontem marcou a volta das brasileiras aos Jogos após dez anos. A última mulher a competir pelo Brasil havia sido Evelyn Schuler, em Albertville-1992.
Franziska, que mora na Noruega desde 1999, começou a praticar o cross country (corrida sobre esquis em terreno com subidas, descidas e curvas) após ter sua filha, Francesca, em fevereiro de 2001, para perder os 18 kg adquiridos na gravidez. Para disputar os Jogos, ela só precisou cumprir a exigência mínima do COI de ter disputado cinco competições.
A próxima participação brasileira em Salt Lake será no dia 20, com Mirella Arnhold, no slalom.



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