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Lateral está parado por lesão no joelho que até CBF diz não conhecer
No consultório, Cafu define futuro
DA REPORTAGEM LOCAL
Cafu, lateral-direito da seleção,
será submetido hoje a um exame
no Milan para avaliar a gravidade
da contusão que sofreu no joelho
esquerdo. O jogador, que pouco
atuou em 2006 e coleciona críticas
às vésperas do Mundial, machucou-se na última terça, em treinamento da equipe italiana.
Até ontem, o Milan dava poucas
informações sobre o problema
sofrido pelo capitão da seleção.
Nem mesmo a comissão técnica
do Brasil diz ter sido avisada pelos
médicos do time.
"O Cafu teve esse pequeno problema. Mas ainda não temos notícia sobre a gravidade da contusão.
Ele será avaliado amanhã [hoje]",
informou o ex-jogador Leonardo,
hoje dirigente do Milan.
O médico da seleção, José Luis
Runco, afirmou que desconhecia
qualquer problema clínico do lateral. "Se ele realmente estiver
com essa lesão, eu ficarei sabendo. Mas não sou o pai da criança",
disse o médico, ao ser questionado se teria sido convocado para
tratar ou até operar o jogador.
Runco ainda lembrou que Cafu
ficou afastado por um bom tempo
do clube italiano por problemas
familiares. Uma doença de seu pai
o levou a viajar para o Brasil, onde
ficou quase um mês em 2005.
Ele voltou ao Milan no final de
janeiro. A partir daí, passou a disputar algumas partidas ou parte
delas, já que o técnico Carlo Ancelotti decidiu colocá-lo no banco
em algumas ocasiões.
Sua última atuação ocorreu no
domingo retrasado, no empate do
Milan com a Lazio. Entrou no segundo tempo no lugar do zagueiro holandês Stam, que está improvisado na lateral direita.
Cafu sofreu a contusão dois dias
depois. "Vivi quatro meses de inferno: meu sogro morreu, meu
pai operou e sofri a pior contusão
da minha carreira [referência a
outra lesão, da qual se curou no
final do ano passado]. Atuei muito pouco pelo Milan, mas as pessoas que falam mal de mim no
Brasil não mencionam isso. É
muito chato receber essas críticas", desabafou o lateral ao site
Globo.com, na última terça.
Também na semana passada, o
técnico Carlos Alberto Parreira
defendeu o lateral das críticas.
Disse que ele é titular do time brasileiro, mas não descartou uma
mudança em caso de queda de
rendimento de Cafu.
"Sempre me pegam para Cristo.
Em 94, eu era muito novo. Depois, em 98, não sabia cruzar. Em
2002, eu não sabia marcar. Agora,
sou velho. Quero saber o que vão
dizer em 2010", reclamou Cafu,
que tem a sombra de Cicinho, do
Real Madrid, na seleção.
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