São Paulo, segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

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Lateral está parado por lesão no joelho que até CBF diz não conhecer

No consultório, Cafu define futuro

DA REPORTAGEM LOCAL

Cafu, lateral-direito da seleção, será submetido hoje a um exame no Milan para avaliar a gravidade da contusão que sofreu no joelho esquerdo. O jogador, que pouco atuou em 2006 e coleciona críticas às vésperas do Mundial, machucou-se na última terça, em treinamento da equipe italiana.
Até ontem, o Milan dava poucas informações sobre o problema sofrido pelo capitão da seleção. Nem mesmo a comissão técnica do Brasil diz ter sido avisada pelos médicos do time.
"O Cafu teve esse pequeno problema. Mas ainda não temos notícia sobre a gravidade da contusão. Ele será avaliado amanhã [hoje]", informou o ex-jogador Leonardo, hoje dirigente do Milan.
O médico da seleção, José Luis Runco, afirmou que desconhecia qualquer problema clínico do lateral. "Se ele realmente estiver com essa lesão, eu ficarei sabendo. Mas não sou o pai da criança", disse o médico, ao ser questionado se teria sido convocado para tratar ou até operar o jogador.
Runco ainda lembrou que Cafu ficou afastado por um bom tempo do clube italiano por problemas familiares. Uma doença de seu pai o levou a viajar para o Brasil, onde ficou quase um mês em 2005.
Ele voltou ao Milan no final de janeiro. A partir daí, passou a disputar algumas partidas ou parte delas, já que o técnico Carlo Ancelotti decidiu colocá-lo no banco em algumas ocasiões.
Sua última atuação ocorreu no domingo retrasado, no empate do Milan com a Lazio. Entrou no segundo tempo no lugar do zagueiro holandês Stam, que está improvisado na lateral direita.
Cafu sofreu a contusão dois dias depois. "Vivi quatro meses de inferno: meu sogro morreu, meu pai operou e sofri a pior contusão da minha carreira [referência a outra lesão, da qual se curou no final do ano passado]. Atuei muito pouco pelo Milan, mas as pessoas que falam mal de mim no Brasil não mencionam isso. É muito chato receber essas críticas", desabafou o lateral ao site Globo.com, na última terça.
Também na semana passada, o técnico Carlos Alberto Parreira defendeu o lateral das críticas. Disse que ele é titular do time brasileiro, mas não descartou uma mudança em caso de queda de rendimento de Cafu.
"Sempre me pegam para Cristo. Em 94, eu era muito novo. Depois, em 98, não sabia cruzar. Em 2002, eu não sabia marcar. Agora, sou velho. Quero saber o que vão dizer em 2010", reclamou Cafu, que tem a sombra de Cicinho, do Real Madrid, na seleção.



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