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São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2003

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Estados protestam, e ministério vai a Lula

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, solicitará hoje ao presidente Lula aumento do orçamento de sua pasta com o objetivo de preservar projetos sociais, cujas atividades, em alguns casos, já estão paralisadas pelo Brasil.
O contingenciamento de 88,34%, que encolheu o orçamento do ministério para 2003 para R$ 43,1 milhões, fez com os secretários estaduais passem a ter como uma das principais preocupações a renovação dos convênios referentes aos projetos sociais.
O orçamento do ministério para este ano, mesmo que fosse dirigido de forma integral ao social, ainda seria insuficiente para renovar esses convênios que beneficiam municípios, em andamento desde o governo passado, segundo projeção de representante do Fórum dos Secretários Estaduais de Esporte. Para isso, seriam necessários cerca de R$ 50 milhões.
O ministro pedirá que o orçamento de sua pasta fique entre R$ 110 milhões e R$ 150 milhões para projetos sociais e esporte de alto rendimento, segundo informou a sua assessoria de imprensa, pois Queiroz não estava disponível até o fechamento desta edição.
O presidente do fórum, Lars Grael, secretário da Juventude de São Paulo, afirma que tem previsto encontro com Queiroz até o final do mês durante o qual discutirá em profundidade o destino dos convênios, entre outros assuntos.
Uma das reclamações mais frequentes entre os secretários estaduais é o desconhecimento do destino dos convênios para 2003.
"O ministro precisa nos chamar urgentemente para discutir qual caminho seguir. Temos de saber se mantemos mobilizadas as pessoas que vinham trabalhando nos projetos", afirma Rodrigo Terra, da Fundação do Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (que equivale à secretaria de esporte), Estado sob administração petista.
"Temos só um programa, o Esporte Solidário [em Niterói], em andamento e que não sabemos se vai seguir. Espero que o presidente dê apoio ao ministro e que o governo federal reveja sua posição e mantenha viva essa ferramenta de inclusão social [os convênios]", explica Francisco de Carvalho, secretário de Esportes do Rio, que tem administração do PSB.
Além de pedir o prosseguimento do projeto já existente, Carvalho planeja encaminhar ao ministério pedido para expandir o número de municípios beneficiados no Estado para dez. Também cobrará reforma no Maracanãzinho, que teria sido pré-acordada com a administração passada.
A reforma custaria entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões. O programa Esporte Solidário em Niterói tem custo mensal de R$ 42 mil.
"É louvável o governo federal ter como meta a inclusão social, mas para que isso ocorra é necessário o fomento", analisa Grael, cujo Estado é dirigido pelo PSDB.
A secretaria de São Paulo mantém só um convênio com o Ministério do Esporte, relativo à construção da vila olímpica Mário Covas. "Quero firmar convênios para atingir 10% dos municípios mais pobres do Estado, 64", diz.


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