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São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2003

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Palmeiras goleia, avança, mas não aprova

José Patrício/Folha Imagem
Indignados com o atual momento do time, torcedores de Palmeiras exibem faixa de protesto durante a partida contra o Operário


EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras encontrou dificuldades, mas passou pela primeira fase do "vestibular" do técnico Jair Picerni. Ontem, no Parque Antarctica, a equipe goleou o Operário-MT por 5 a 1 e passou à segunda fase da Copa do Brasil.
O resultado reabilitou o time da eliminação do Campeonato Paulista pelo Corinthians, mas não amenizou o clima tenso que se instalou no clube.
Agora, o Palmeiras irá enfrentar o Criciúma, que passou pelo Alegrense, na próxima fase da competição nacional.
Mesmo vencendo, poucos palmeirenses tiveram nota alta na prova do "professor" Picerni, que deverá dispensar cinco "alunos" para o Brasileiro da Série B.
Marcos, com importantes defesas, se salvou. Muñoz, o melhor em campo, também.
O jogo foi visto por pouco mais de 2.000 pessoas. Antes da partida, a torcida organizada Mancha Alviverde entregou um manifesto criticando o presidente do clube, Mustafá Contursi, e pedindo reforços para o time. Picerni, que tem sido criticado por conselheiros, foi poupado. "Pare com essa incompetência, pois intolerância tem limite", dizia o texto, classificando a atual administração de "medrosa", "desprezível" e "revoltantemente insistente".
Estranhamente, a Mancha não se manifestou na última eleição presidencial no clube, em janeiro, que elegeu Contursi para seu sexto mandato consecutivo.
Nas arquibancadas, enquanto comemorava o primeiro gol palmeirense, marcado contra pelo atacante Sérgio Miller, aos 6min, a pequena torcida presente exibia faixas contra a diretoria.
Mesmo diante de um oponente limitado tecnicamente, os palmeirenses passaram apuros.
O Palmeiras não encontrava resistência para chegar ao gol do adversário, mas mostrava displicência nas finalizações.
Mesmo com sua defesa titular de volta, a equipe era envolvida pelos mato-grossenses, sempre pelo lado direito. Foi por lá que Edmar cruzou para Paulo Vinicio empatar, de cabeça, aos 26min.
"O time entrou pensando que faria o gol a qualquer momento e foi para o ataque. Não é assim. Combinamos um posicionamento, e alguns se esqueceram disso", esbravejou Marcos, no intervalo.
Mas Picerni os lembrou. O time voltou mais organizado taticamente para o segundo tempo.
E, em 16 minutos, fez mais quatro gols. Primeiro, com Muñoz, que recebeu lançamento de Claudecir, passou pelo goleiro Alexandre e tocou para o gol livre.
Os mato-grossenses ajudavam. Paulo César fez contra o terceiro gol, aos 8min. Depois, Thiago Gentil foi derrubado na área. Pênalti. Pedrinho bateu e fez 4 a 1.
Claudecir, aos 16min, fechou a goleada aproveitando a falha do goleiro Alexandre.
No final, aliviada, a torcida palmeirense até gritou olé. E Marcos, com dores nas costas, pôde ser poupado. Ele foi substituído por Sérgio. "Conseguimos uma vitória por um placar elástico, mas temos de ser realistas. Tivemos dificuldades e não fomos bem. Temos de voltar a fazer o torcedor sorrir", disse Claudecir.


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