São Paulo, domingo, 13 de março de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Goleiro sai como herói da vitória sobre o Rio Branco ao marcar de pênalti, depois de ver atacante perder cobrança

Rogério salva São Paulo e cutuca Tardelli

Fernando Santos/Folha Imagem
São-paulinos festejam o gol de Rogério, o 33º na carreira, na vitória de ontem sobre o Rio Branco


TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Num jogo sofrido, e de baixo nível técnico, o São Paulo chegou à vitória graças a eficiência de seu goleiro artilheiro, que assegurou o 1 a 0 em cobrança de pênalti.
O resultado alça o time do Morumbi aos 32 pontos, que abre sete de vantagem sobre o segundo colocado, o Mogi Mirim -joga hoje contra o América. O clube também cria a gordura pedida por Emerson Leão para os últimos jogos do Paulista.
Foi o terceiro gol de Rogério no campeonato e o 33º do camisa um na carreira. Ele já é o maior artilheiro da posição, superando o ex-goleiro mexicano Jorge Campos, que anotou 31 enquanto esteve em campo.
"Quando você precisa do resultado, não pode ter dó da bola. Era um momento de decisão, chamei a responsabilidade e pedi ao Leão para bater", afirmou Rogério, em referência a Diego Tardelli, que perdeu um pênalti por dar um toque sutil na cobrança.
O São Paulo volta a campo na quarta-feira, mas desta vez o foco vai ser a Taça Libertadores. O time, líder do Grupo 3 da competição com quatro pontos, joga contra o Quilmes, na Argentina.
Diante de um adversário que entrou em campo somente para se defender, o São Paulo iniciou o jogo mostrando muito pouco para quem falou em criar "gordura" para ficar numa posição ainda mais confortável. Apesar do bom chute de Diego Tardelli logo aos 3min, o time do Morumbi foi dispersivo nas jogadas de ataque, e pouco criativo no meio-campo.
A equipe centralizou as ações em cima de Diego Tardelli, que sofreu 40% das faltas no primeiro tempo (seis das 15 que o Rio Branco cometeu) e deu pouco trabalho ao goleiro Magrão.
Se o São Paulo não decolava em campo, a situação piorou com a saída do volante Josué, que sentiu ma fisgada na coxa. Com 30min de jogo, o time da casa tinha dado somente três chutes a gol, provocando a irritação de Leão.
A bronca do treinador deu resultado, e nos 12 minutos finais o a equipe arriscou seis finalizações. Mas a grande chance do São Paulo veio com uma ajuda da arbitragem, que deu pênalti inexistente de Felipe em Grafite. Tardelli bateu e converteu, mas o juiz Marcelo Krochmalnik mandou voltar alegando invasão na área.
Na segunda tentativa, Tardelli deu um toque por baixo da bola, mandou por cima do gol e perdeu a chance de fazer 1 a 0.
O preciosismo do artilheiro são-paulino gerou protesto dos próprios companheiros ao fim do primeiro tempo. "Futebol é coisa séria. A gente está buscando o resultado e não pode perder uma chance dessa", disse Grafite.
Na etapa final o panorama não mudou e, com 11min, o treinador queimou suas duas últimas substituições, tirando Tardelli e Edcarlos e apostando nos reservas Vélber e Marco Antonio.
O time apertou o ritmo, teve um gol anulado corretamente de Grafite (impedido) e passou a botar pressão no adversário.
E em um novo pênalti -dessa vez marcado corretamente de Marcos Paulo em cima de Vélber, o São Paulo saiu do zero. Rogério bateu com força, aos 29min.
O sufoco da torcida são-paulina, no entanto, durou até o apito final. O Rio Branco perdeu duas chances claras de gol com Lê e saiu de campo com mais uma derrota no campeonato.

Texto Anterior: Passarella exige equipe concentrada
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.