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Bruno perde porca e faz tempo de GP2
DA ENVIADA A SAKHIR
Peças de carros voando
pela pista, muito trabalho
e um desempenho mais
para GP2 do que para F-1.
Foi este o resumo do primeiro dia de Lotus, Virgin
e Hispania na categoria.
Os três únicos times que
começaram a produção de
seus carros do zero sofreram nas duas primeiras
sessões oficiais de treinos
do GP do Bahrein, etapa de
abertura do Mundial.
De longe a Hispania foi a
que mais teve dificuldades. Sem nunca ter colocado o carro na pista antes de
chegar ao circuito barenita, festejou o fato de ter
feito Bruno Senna completar 20 voltas. O tempo,
ontem, era um detalhe. Na
sessão vespertina, o brasileiro ficou a 11s559 de Nico
Rosberg, o mais veloz. Diferença colossal para a F-1.
Para servir de comparação, na última etapa da
GP2 do ano passado, em
Monza, Vitaly Petrov fez a
pole em 1min30s007. Na
categoria principal, Rubens Barrichello largou na
frente depois de cravar
1min16s706 -uma diferença de quase 14s, mas
em carros completamente
diferentes e com motores
bem menos potentes.
"Acho que foi um começo satisfatório nas nossas
condições. Atingimos a
maior parte do nosso plano, mas não deu tempo de
trabalhar no acerto", disse
Bruno. Seu parceiro, o indiano Karun Chandhok,
não chegou a tirar o carro
dos boxes. No fim da segunda sessão, Bruno parou na pista depois que
uma porca se soltou.
A Lotus, que apesar do
nome tradicional na categoria ainda engatinha,
também viu peças do carro, como um espelho retrovisor, voarem nos treinos. Sua performance, no
entanto, foi a melhor entre
as novatas. Tanto Heikki
Kovalainen como Jarno
Trulli terminaram o dia
pouco mais de cinco segundos atrás de Rosberg.
Já na Virgin as coisas
não foram muito diferentes. Pela manhã, Lucas di
Grassi não conseguiu sair
com seu carro e só treinou
à tarde. "Foi um dia difícil,
mas acho que consegui fazer um bom trabalho", declarou o piloto brasileiro,
que assim como o companheiro Timo Glock, ficou
na casa dos sete segundos
de desvantagem para a
melhor volta do dia.
Tamanho atraso para os
primeiros do grid continua preocupando pilotos
mais experientes. "É complicado porque é como se
você estivesse num carro
de rua a uns 100 km/h e de
repente passasse do seu lado um a 200 km/h", explicou Rubens Barrichello.
Para a classificação, porém, Bruno imagina que a
desvantagem cairá à casa
dos cinco segundos. "Talvez a gente comece a atrapalhar menos."
(TC)
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