São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

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Bruno perde porca e faz tempo de GP2

DA ENVIADA A SAKHIR

Peças de carros voando pela pista, muito trabalho e um desempenho mais para GP2 do que para F-1. Foi este o resumo do primeiro dia de Lotus, Virgin e Hispania na categoria.
Os três únicos times que começaram a produção de seus carros do zero sofreram nas duas primeiras sessões oficiais de treinos do GP do Bahrein, etapa de abertura do Mundial.
De longe a Hispania foi a que mais teve dificuldades. Sem nunca ter colocado o carro na pista antes de chegar ao circuito barenita, festejou o fato de ter feito Bruno Senna completar 20 voltas. O tempo, ontem, era um detalhe. Na sessão vespertina, o brasileiro ficou a 11s559 de Nico Rosberg, o mais veloz. Diferença colossal para a F-1.
Para servir de comparação, na última etapa da GP2 do ano passado, em Monza, Vitaly Petrov fez a pole em 1min30s007. Na categoria principal, Rubens Barrichello largou na frente depois de cravar 1min16s706 -uma diferença de quase 14s, mas em carros completamente diferentes e com motores bem menos potentes.
"Acho que foi um começo satisfatório nas nossas condições. Atingimos a maior parte do nosso plano, mas não deu tempo de trabalhar no acerto", disse Bruno. Seu parceiro, o indiano Karun Chandhok, não chegou a tirar o carro dos boxes. No fim da segunda sessão, Bruno parou na pista depois que uma porca se soltou.
A Lotus, que apesar do nome tradicional na categoria ainda engatinha, também viu peças do carro, como um espelho retrovisor, voarem nos treinos. Sua performance, no entanto, foi a melhor entre as novatas. Tanto Heikki Kovalainen como Jarno Trulli terminaram o dia pouco mais de cinco segundos atrás de Rosberg.
Já na Virgin as coisas não foram muito diferentes. Pela manhã, Lucas di Grassi não conseguiu sair com seu carro e só treinou à tarde. "Foi um dia difícil, mas acho que consegui fazer um bom trabalho", declarou o piloto brasileiro, que assim como o companheiro Timo Glock, ficou na casa dos sete segundos de desvantagem para a melhor volta do dia.
Tamanho atraso para os primeiros do grid continua preocupando pilotos mais experientes. "É complicado porque é como se você estivesse num carro de rua a uns 100 km/h e de repente passasse do seu lado um a 200 km/h", explicou Rubens Barrichello.
Para a classificação, porém, Bruno imagina que a desvantagem cairá à casa dos cinco segundos. "Talvez a gente comece a atrapalhar menos." (TC)


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