PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras, já tem sua estratégia montada para cumprir o que prometeu anteontem, através de um comunicado: atazanar a diretoria do clube -mais especificamente o presidente Mustafá Contursi- até que cheguem ao time reforços considerados expressivos.
A Mancha -que nas últimas eleições para presidente do Palmeiras não apoiou a candidatura de Luiz Gonzaga Beluzzo, oposicionista a Contursi- elaborou um cronograma, no qual prevê, entre outras "atividades", a realização de um plebiscito (sem data prevista para terminar) entre os torcedores palmeirenses, sócios ou não da entidade, no qual faz uma série de perguntas a respeito da atual situação do clube.
"Você concorda com a política do bom e barato?" e "Se você fosse conselheiro, dirigente ou presidente [do Palmeiras", teria vergonha de sair na rua e continuar com suas funções dentro do clube?" são algumas das questões que estariam inclusas na enquete da torcida organizada.
O programa de protestos arquitetado pela organizada está dividido em três fases. A primeira prevê o início da distribuição dos questionários que, segundo a Mancha, abrangerão "todos os lugares onde houverem (sic) torcedores do Palmeiras, ou seja, todo o território nacional".
Na segunda etapa da campanha, a organizada se propõe a montar próximo do Parque Antarctica postos de coletas dos questionários preenchidos em dias de jogos do Palmeiras na Copa do Brasil e no Brasileiro.
Outra ação prevista para essa fase é o envio de mensagens para membros da diretoria do clube, que seriam coletadas por e-mail pela torcida encadernadas e encaminhadas a eles.
A terceira fase prevê a participação maciça da torcida palmeirense nos estádios para "ajudar" nos protestos durante os jogos.
A ação "anti-Contursi" da organizada começou na madrugada de anteontem, com pichações de protesto nos muros do Parque Antarctica. A Mancha promete repetir o feito outras vezes durante a "campanha".
Alguns jogadores, que segundo a torcida, não têm condições de jogar no Palmeiras também serão alvos do protesto, como os zagueiros Índio e Leonardo, além de Alessandro e Fábio Gomes. Esses dois últimos são recém-chegados ao clube e nem sequer estrearam.



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