São Paulo, terça-feira, 13 de abril de 2004

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Roddick supera seu saque-canhão

DA REPORTAGEM LOCAL

O cenário já era arrasador: Jonas Bjorkman via o placar marcar 5/0 no terceiro set. Caíra nos dois primeiros. No duelo com os EUA pelas quartas-de-final da Davis, a Suécia já perdia por 2 a 1.
Mas Andy Roddick decidiu coroar sua vitória com mais um feito. O norte-americano precisava de um ponto para fechar o jogo quando foi para o saque: com um canhão de 244,6 km/h, estabeleceu a marca mais rápida da história, desequilibrou a recepção de Bjorkman e cravou 7/6, 6/4 e 6/0.
"Eu não pensei em nada, apenas segui meus instintos. Foi isso que eu sempre fiz no tênis e talvez faça para sempre", declarou o tenista.
O saque mais rápido do circuito até então também pertencia ao número dois do mundo. Na primeira rodada da Davis, ele mandou a bola a 241,4 km/h. Em junho do ano passado, havia igualado o recorde de Greg Rusedski ao marcar 239,7 km/h, em Queens.
"Desde a noite passada [sábado] eu sentia que tinha isto em mim. Por muitas vezes, eu não usei porque meus saques colocados eram mais eficientes. Mas eu senti que poderia ter uma chance no último jogo", disse Roddick.
O norte-americano venceu os seis sets que disputou contra os suecos no fim de semana. O placar final apontou 4 a 1 para os EUA, que asseguraram sua vaga nas semifinais da Copa Davis.
A forte explosão muscular, que deu a Roddick o saque mais potente do circuito profissional, já fez o tenista mudar seu programa de preparação física.
O norte-americano encheu a casa dos pais, na Flórida, com aparelhos de ginástica e uma mesa de massagem. Para evitar lesões por causa do esforço, faz trabalho preventivo para o ombro.
Depois de assegurar a vitória na Davis, Roddick jogará nesta semana o Torneio de Houston (EUA). O tenista, que ocupa hoje o segundo posto, soma 4.800 pontos no ranking de entradas.
Seu próximo compromisso com a seleção americana será só em setembro, contra a Bielorússia, pelas semifinais da Davis.
"Eu sempre acho melhor quando eu estou jogando com os meus amigos e representando o meu país", afirmou o tenista, que deu uma volta olímpica com a bandeira dos EUA após a vitória sobre Bjorkman, anteontem.


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