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FUTEBOL
Azul em Sampa, rubro-negro no Rio
MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
EDITOR DE OPINIÃO
Com a mão na taça. Esse velho clichê da crônica esportiva descreve muito bem a situação
do São Caetano. Antes da segunda partida contra o Santos já havia escrito aqui que o time estava
com pinta de campeão. Agora está na cara. Se no próximo domingo mantiver a seriedade e a firmeza com que vem destruindo seus
adversários neste Paulista, o Azulão, enfim, vai vestir a faixa.
![](http://www.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
Anibal Massaini, produtor e diretor do filme "Pelé Eterno" reclama que meus comentários da semana passada só podem ter sido
feitos com base numa versão não
concluída do trabalho, segundo
ele ainda em fase de finalização.
Houve até quem achasse que
Massaini teria mostrado o filme à
coluna. Não foi nada disso. O que
vi foi uma versão que se não é a final é quase.
E o que importa mesmo na história, como escrevi, são os maravilhosos lances do melhor jogador
de todos os tempos.
Um dos episódios mais incríveis
que o filme rememora, com imagens raras, dá bem a medida do
mito Pelé. Num jogo entre o Santos e a seleção olímpica da Colômbia, Pelé foi expulso pelo árbitro Guillermo Velásquez, depois
de ter reclamado da não-marcação de um pênalti. A decisão revoltou a platéia, que estava lá só
para ver o Rei. Velásquez tomou
uma sova e saiu de maca para os
vestiários. Foi substituído pelo
bandeirinha, que muito sensatamente tomou a atitude de revogar a expulsão.
![](http://www.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
E o Flamengo? Vitória límpida
sobre o Vasco. E teve um gol injustamente anulado. Era para ser
de mais. E não digam que houve
impedimento também no tento
rubro-negro. Só o "tira-teima" da
Globo viu isso. E a regra, como todos estão fartos de saber, é clara:
manda o auxiliar ser pró-ataque
em caso de dúvida. Pode parecer
incrível, mas Abel saiu para o jogo e só deu Flamengo no primeiro
tempo. Depois as coisas se complicaram um pouco, mas o time é favorito, ainda que em clássicos como esses os favoritismos facilmente se desmanchem no ar.
![](http://www.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
O mata-mata é emocionante
justamente por aumentar as
chances da zebra. São só dois jogos para decidir quem é melhor.
Não creio que o Real Madrid numa seqüência mais longa contra
o Monaco sairia em inferioridade. Mas essa é a graça da fórmula
copeira. E o time de Ronaldo não
tem do que se queixar -assim
como o Santos e o Palmeiras.
O Real, a propósito, passa por
um momento muito complicado.
Depois do papelão na Copa dos
Campeões perdeu a liderança do
Espanhol. Cheio de craques, mas
sem alcançar os melhores resultados, digamos que é uma espécie
de Flu da Espanha, certo Gerson?
![](http://www.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
Bem, vai se aproximando o
Campeonato Brasileiro, que
mandará quatro clubes para a
Série B. Agora, sim, é que vamos
ver quem é quem nesse pagode.
Renato e a seleção
Não há dúvida de que falta entrosamento à seleção brasileira.
E falta também melhor definição sobre a armação de jogadas. O que vimos na partida
contra o Paraguai foi a tentativa
atabalhoada de jogadores de talento, como Ronaldinho e Kaká, de resolver a questão na base do individualismo. Isso às
vezes pode dar certo, mas não é
assim que se joga. Na minha
modesta opinião, Renato ainda
precisa ser melhor conhecido
pela turma que joga na Europa.
Ele é um jogador que passa
muito bem e sempre proporciona desafogo para quem está
apertado com a bola. É muito
útil em combinações para armar o ataque. Essa característica foi pouco explorada na partida contra os paraguaios. A bola
deveria passar mais pelos seus
pés.
E-mail mag@folhasp.com.br
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