PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois dos fracassos na Copa do Brasil e no Paulista, o Palmeiras não medirá esforços para reforçar o elenco para o Brasileiro. A ponto de até se dispor a aumentar as dívidas do clube, que no fim de 2006 estava na casa dos R$ 37 milhões.
A pedido do técnico Caio Júnior, a diretoria quer contratar pelo menos quatro jogadores para o Nacional. Um deles, na definição do diretor de futebol, Toninho Cecílio, terá de ser "de peso". "Para atender às necessidades do Caio Júnior, a gente pode até extrapolar", disse.
E, neste caso, extrapolar pode significar até mesmo contrair novas dívidas -como o empréstimo de R$ 6 milhões que foi feito para saldar valores que estavam atrasados com os jogadores- para ter poder de fogo para trazer atletas novos.
Segundo o gerente de futebol, isso não deve ser entendido como mais endividamento, mas sim como investimento. "E todo time grande tem que arriscar, desde que o risco não seja desproporcional."
Outras fontes de recursos podem ser a venda de jogadores -sobretudo os revelados no clube- e parceiros que banquem a vinda de atletas.
A diretoria pretende usar ainda a "folga" que arranjou na folha de pagamento desde que assumiu. Em quatro meses, com dispensas, empréstimos e negociações de atletas encostados, o clube diz que diminuiu seu gasto mensal em pelo menos 20% -em 2006, era de cerca de R$ 1,5 milhão por mês.
Agora o Palmeiras está disposto a aumentar novamente esse gasto para o patamar anterior. "O que tiver que fazer para se reforçar o Palmeiras fará", disse Toninho, que classificou atacantes e um lateral-direito como as prioridades do time.


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