São Paulo, terça-feira, 13 de abril de 2010

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VÔLEI

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Pela 4ª vez seguida, Osasco e Rio irão decidir a Superliga feminina. Será que teremos o desfecho dos últimos anos?


CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

NADA DE novo na Superliga feminina: pelo sexto ano seguido, Osasco e Rio vão decidir o título. A final ocorrerá no domingo, no ginásio do Ibirapuera. Resta ao Osasco tentar derrubar outra escrita: nas últimas quatro decisões, a vitória foi do time carioca. Para isso, vai ter que manter a concentração e controlar os nervos.
O Rio chegou à final após uma batalha com o São Caetano. O que mais impressiona no time é a capacidade de superar as adversidades. No primeiro jogo, foi arrasado por 3 a 0 por Fofão, Sheila, Mari e cia. Crise? Falta de confiança? Que nada! Nos dois jogos seguintes, deu o troco.
É uma equipe que erra pouco. No decisivo jogo contra o São Caetano, o Rio cometeu 14 erros, contra 32 do rival. Mais: o time tem muito volume de jogo. É difícil a bola cair na sua quadra. Como disse o técnico Mauro Grasso, tem momentos em que a líbero Fabi parece ter oito mãos.
A estratégia para vencer o Rio é sacar bem, de preferência na Regiane, e apostar em uma possível irregularidade da levantadora Dani Lins. No jogo de sábado contra o São Caetano, Helio Griner, um dos assistentes do técnico Bernardinho, ficou o jogo todo apenas orientando a Dani Lins.
Já o Osasco, do técnico Luizomar, tem a melhor linha de passe do Brasil. Difícil decidir em quem sacar: Camila Brait, Jaqueline ou Sassá? A levantadora Carol, confirmada novamente como titular, está distribuindo bem o jogo, e a ponteira Jaqueline tem dado um show de bola.
O Osasco tem a oposta Natália, dona do ataque mais forte do Brasil. O problema são os apagões que às vezes atormentam o time. Quando isso ocorre, esquece. É jogo perdido. Como a decisão do título é em uma partida só, não há tempo para vacilo. Quem errar menos fica com o título.
E quem viu a exibição nos 3 sets a 0 sobre o Rio, no primeiro jogo semifinal, sabe que o São Caetano poderia ter ido além. Pena! Já uma das cenas mais surpreendentes da Superliga foi o gesto de Mari, que deu uma banana para a torcida do Rio.
Em um esporte em que ninguém pode falar nada, tudo dá punição, Mari foi espontânea. E isso é bacana.

SUPERLIGA MASCULINA
O Caxias do Sul, do técnico Jorge Schmidt, contrariou a tese de quem erra mais perde o jogo. Domingo, o time arriscou tudo no saque, deu 41 pontos ao adversário com erros, venceu o Florianópolis e levou a decisão de uma vaga na semifinal para hoje, no terceiro jogo. O vencedor vai pegar o Pinheiros.

DE CAMAROTE
O Cruzeiro, segundo colocado na fase da classificação, acompanha hoje pela TV o duelo entre Montes Claros e Brasil Vôlei, que vai definir seu adversário nas semifinais. Pode ser o último jogo do Brasil Vôlei na Superliga. O time perdeu o patrocínio e ainda não arrumou outro.

cidasan@uol.com.br


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