JOÃO CARLOS BOTELHO
MARÍLIA RUIZ

ENVIADOS ESPECIAIS A SERRA NEGRA

MAÉRCIO SANTAMARINA
ENVIADO ESPECIAL A JARINU

As estratégias valorizam um jogo? No clássico de hoje entre Santos e Corinthians, que vale uma vaga nas finais do Paulista, isso poderá ser conferido.
A semana que antecedeu a partida das 16h, no Morumbi, foi recheada de táticas dos dois lados.
As linhas adotadas pelos dois clubes foram semelhantes, com diferenças nas prioridades.
Na estratégia do Corinthians, foi mais recorrente evitar dar dicas ao adversário sobre o que será feito para conseguir a vitória que precisa para ser finalista.
Na escalação, o técnico Wanderley Luxemburgo confirmou só uma posição entre as quatro que estavam em disputa.
Apesar de o técnico Geninho também ter usado artimanhas para esconder sua escalação no Santos, as provocações lançadas pelo capitão Rincón foram a tônica.
O volante colombiano afirmou que assumirá a responsabilidade hoje em sua equipe e que decidirá a partida. ""Eu tenho a obrigação de fazer isso porque sou o mais experiente do grupo", afirmou.
Os pontos em comum, inicialmente, foram as concentrações em refúgios no interior de São Paulo. Os titulares do Corinthians passaram a semana na turística Serra Negra, enquanto a delegação santista ficou em Jarinu.
Depois, quando o treinador corintiano se juntou a seus comandados no interior, só na quinta, ele passou a evitar falar sobre o que pretende adotar hoje.
O encontro tardio se deu porque Luxemburgo optou por ficar em São Paulo com os reservas, que jogaram na quarta, pela Copa do Brasil, contra o Flamengo-PI.
No primeiro treino que comandou em Serra Negra, o técnico despistou seu colega do Santos ao não separar titulares e reservas.
De imediato, no dia seguinte, foi seguido por Geninho, que também utilizou formações bem distintas, com um líbero na primeira e o tradicional 4-4-2 na segunda.
No mesmo dia, após o treino corintiano, Luxemburgo confirmou apenas a escalação de Rogério na lateral direita e manteve o suspense em relação ao resto, orientação respeitada por seus jogadores.
O que acabou transferido do Santos para o Corinthians foi o clima de provocações.
Até ontem, a autoconfiança de Rincón não havia encontrado eco entre os jogadores corintianos.
Mas Marcelinho, desafeto do colombiano, não resistiu. ""O meu silêncio é a resposta para o Rincón", afirmou, em um primeiro momento. Diante da insistência, completou, sobre a discussão de anteontem entre o volante e o atacante Dodô: ""Azar deles".
O técnico corintiano também admitiu as provocações, mas em campo. "O drible e a jogada de efeito, feitos com responsabilidade, pertencem ao futebol. É essa a provocação que permito", disse.
Pelo lado santista, Rincón foi sempre incisivo. "Na disputa pelos ingressos, o Corinthians mostrou mais uma vez que é o Corinthians. No Santos, o único peso é o do jogador em campo. É isso que vamos mostrar para ficar com a vaga", afirmou.
Geninho também disparou, até contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). "Se ao convocar seis jogadores nossos para a seleção acharam que o Santos não vai se classificar para as finais do Paulista, vamos provar que a CBF está errada", desafiou.
Fora confirmar Rogério na lateral direita, no lugar de Índio, Luxemburgo anunciou apenas que o atacante Paulo Nunes jogará por pelo menos 30 minutos, mas sem precisar se começará a partida ou entrará no decorrer dela.
Na lateral esquerda, o treinador deverá escalar Kléber e deslocar André Luiz para a posição de volante, junto com Otacílio.
No ataque, Gil deve ser o titular, junto com Ewerthon, e depois ceder sua vaga para Paulo Nunes.
Para o técnico santista, são duas as alternativas. A mais provável é manter a equipe da última partida, com Caio como o substituto de Deivid, que está contundido.
Geninho poderá ainda retomar seu esquema com três zagueiros ao colocar André Luis. Nesse caso, usaria só Dodô como atacante.

NA TV - Globo (só para SP), Sportv (só para RJ) e Rede TV! (a confirmar), ao vivo, às 16h



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