São Paulo, domingo, 13 de maio de 2001

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PAINEL FC

Barulho por nada
Apesar do barulho que o "novo rebelde" Remo promete fazer nos próximos dias, a CBF considera nulas as chances de o Brasileiro deste ano ser paralisado por uma ação na Justiça.

Sem base
A visão da CBF é a mesma do advogado Paulo Goyaz, responsável pela vitória do Gama em 2000. Segundo ele, não há embasamento jurídico para o pedido do Remo, que vai alegar, por meio da Prefeitura de Belém, que o Código de Defesa do Consumidor foi desrespeitado.

Efeito dominó
Depois do Remo, o Náutico deve ser o próximo a tentar na Justiça vaga na primeira divisão. A informação foi dada pelo presidente do Conselho Deliberativo do clube, Wilson Campos.

Promessa
Durante a reunião da Associação dos Clubes de Futebol do Nordeste, anteontem, em Salvador, Campos afirmou que Carlos Melles (Esportes) havia lhe prometido que o Náutico estaria na primeira divisão. "Ele me disse que seria respeitado um ranking de todos os tempos."

Promessa, eu?
O ministro confirma que recebeu pedido de ajuda de vários clubes, mas nega que tenha prometido vagas no Nacional.

Alto escalão
O Náutico conta com o apoio político do vice-presidente Marco Maciel e do senador Carlos Wilson (PPS), irmão do presidente do clube do Recife. O lobby pernambucano promete ser forte, mas Ricardo Teixeira diz que não vai ceder.

Bolsos cheios
A TopSports, organizadora do Nordestão, espera que o sucesso do torneio faça com que sejam arrecadados R$ 16 mi com patrocínio. Em 2001, o valor foi de R$ 10,3 mi. A Directv já concordou em aumentar sua cota em 50%, de R$ 4 mi para R$ 6 mi.

Prestação de contas
O presidente do Vitória S.A., Paulo Carneiro, voltou a refutar acusações do presidente da Federação Pernambucana, Carlos Alberto de Oliveira, de que houve desvio de verbas no Nordestão. O dirigente mostrou a representantes de todos os 16 participantes a contabilidade do torneio, que foi aprovada na assembléia de Salvador.

No pau
Carneiro anunciou que entrou com processo contra Oliveira.

Carteira assinada
Ganhe ou perca, Wanderley Luxemburgo continuará trabalhando no futebol paulista. O técnico, desacreditado quando voltou há três meses, não precisa se preocupar, mesmo em caso de demissão no Corinthians.

Invasão corintiana
Apesar da grita santista, a tendência hoje no Morumbi é que se repita o cenário da semana passada. Corintianos, em maioria, ocupando espaço rival.

Punk do sertão
O futebol é mesmo capaz de promover encontros insólitos. Supla, santista, roqueiro, punk de butique e filho do senador Eduardo Suplicy (PT) com a prefeita Marta Suplicy (PT), participa hoje do "Esporte Espetacular", da TV Globo, junto de Luciano, corintiano, cantor romântico, sertanejo de butique e parceiro de Zezé di Camargo.

Pré-estréia
João Roberto Malta, que deve ser o novo diretor de futebol do São Paulo, viajará com o time para Porto Alegre, para o confronto de quarta com o Grêmio. Acompanhará José Dias, que teve sua saída acertada entre o grupo "Tradição" e o presidente do clube, Paulo Amaral.

Fim do nepotismo?
O presidente da Federação Mineira de Futebol, Elmer Guilherme, prometeu que vai demitir alguns de seus parentes que trabalham na entidade. Segundo a CPI da CBF/Nike, dos 60 funcionários da FMF, 33 têm parentesco com Guilherme.

Gráfica nova
O dirigente anunciou também que dispensou os serviços da gráfica FWE, de seus filhos, para imprimir ingressos do Estadual.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA
Do atacante palmeirense Tuta, entusiasmado com a possibilidade de o técnico Celso Roth, seu desafeto, cair em caso de eliminação da Libertadores:
- Acho que a minha hora está chegando.

CONTRA-ATAQUE

Chapéu caro

No início dos anos 70, o Santos já não era a mesma máquina da década anterior, mas ainda ostentava um timão e, mais do que tudo, tinha Pelé.
Foi nessa condição que viajou ao Recife, disputar um jogo pelo Brasileiro contra o Santa Cruz, que tinha à época um dos melhores elencos da sua história.
No primeiro tempo, um Arruda lotado acompanhou em êxtase o que parecia impossível: o time da casa fez 3 a 0 nos santistas.
Entre os mais empolgados estava o zagueiro Paulo Ricardo, do Santa. Sem saber o que lhe esperava, ele pegou uma bola e, defronte de Pelé, aplicou um chapéu no consagrado craque.
Bastou para o jogo mudar. Ensandecido, Pelé exigia a bola. Comandou a reação santista, fazendo o primeiro gol e dando o passe para o segundo.
Percebendo a encrenca, um jogador do Santa chegou perto de Paulo Ricardo e decretou:
- Estamos nessa por culpa sua. Se perdermos, você apanha no vestiário.
Para o bem da saúde de Paulo Ricardo, o tempo já era escasso, e o Santa Cruz venceu por 3 a 2.



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