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Schumacher desaprova ordem
DO ENVIADO ESPECIAL
Único beneficiado com a atitude ferrarista, Michael Schumacher se arrependeu de ter ultrapassado Rubens Barrichello e admitiu que tentou desobedecer a
ordem da equipe. Só não conseguiu porque o brasileiro desacelerou demais na última volta.
"Se pudesse voltar atrás, não
passaria o Rubens. Na verdade,
tentei tirar o pé na última volta,
mas ele tirou ainda mais", declarou Schumacher, constrangido.
"Se você olhar a telemetria, vai ver
que Rubens tirou o pé na reta. Eu
tirei também, para não passar.
Mas aí ele quase parou o carro."
Ele disse que preferiria não ter
recebido nenhuma orientação pelo rádio: "Me avisaram para passar, e eu, como o Rubens, não fiquei satisfeito. Acho que ninguém
ficou. Gostaria de que não tivesse
havido nenhuma ordem. Seria
melhor terminar como estava, ele
em primeiro, eu em segundo".
A cronometragem da FIA dá
créditos para Schumacher.
Da 65ª até a 70ª volta, o tetracampeão se manteve na casa de
1min09s. No 71º e último giro, o
alemão aliviou o ritmo: completou o circuito em 1min11s722.
Barrichello, porém, foi mais
obediente. Tirou o pé a partir da
68ª volta, exatamente quando
Ross Brawn entrou no rádio e lhe
passou a ordem. E completou a
última volta em 1min13s004.
Foi o 103º pódio da carreira do
alemão. Com mais quatro, ele bate o recorde histórico da F-1, que
ainda hoje é de Alain Prost.
Foi, ainda, a 58ª vitória da carreira de Schumacher e a quinta
em seis corridas disputadas neste
ano. O resultado quebrou um tabu: o circuito de Zeltweg era o
único dos 17 do calendário da F-1
onde ele nunca havia ganho.
Se mantiver o ritmo, o alemão
poderá conquistar o Mundial no
GP da França, no dia 21 de julho,
com seis etapas de antecedência.
Seria o maior domínio de um piloto desde que Nigel Mansell, com
um Williams, levou o título de
1992 na 11ª das 16 etapas.
(FSX)
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