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FUTEBOL
Desportiva Vitória registra casos de parentes tralhando juntos que vão desde a cozinha até a presidência
Time funciona como 'grande família'
EDUARDO DE OLIVEIRA
da Agência Folha
A Associação Desportiva Vitória, clube de Vitória de Santo Antão (PE) que atualmente disputa a
primeira divisão do Campeonato
Pernambucano, mais parece uma
grande família.
A marca do "nepotismo" está
presente na Desportiva Vitória
desde a sua fundação, em 1990.
Há casos de parentes trabalhando juntos que vão desde a cozinha,
passando pelos diversos departamentos da agremiação desportiva,
até a presidência do clube.
O time surgiu da vontade de algumas pessoas de colocar um novo time na disputa do Campeonato Pernambucano.
Parentes
Dentre elas, estavam Paulo Roberto Arruda, atual presidente da
Desportiva, e Geraldo Lima, sogro
de Arruda, que é o atual presidente do Conselho Deliberativo.
A cozinheira Cilene Maria, que
está na Desportiva desde 92, indicou sua irmã Selma, que começou
a trabalhar no clube em 95.
O irmãos gêmeos Cosme e Damião sonhavam em ser jogadores
do time.
Eles chegaram ao clube em 95,
para fazer um teste na equipe de
juniores.
Mas, segundo Paulo Roberto Arruda, presidente do clube, "eles
não possuíam futebol suficiente
para ser jogadores" e, por isso, ficaram na Desportiva como massagista -Cosme- e roupeiro
-Damião.
Goleiro
O goleiro Clodoaldo Silva chegou à Desportiva Vitória no mesmo ano.
Após conquistar espaço no time
e se tornar titular, pediu ao presidente, no final do ano passado,
que desse uma chance para que
seu irmão Rivelino fizesse um teste na equipe principal.
A comissão técnica do clube gostou de Rivelino e contratou-o.
Seus nomes são uma homenagem
aos jogadores Rivellino e Clodoaldo, que compunham a seleção
brasileira que venceu o Mundial
de 70.
O zagueiro Lima Paulista, que
chegou ao clube em 94, é irmão do
goleiro reserva Edglei, que já defendeu outra equipe que participa
do Campeonato Pernambucano, o
Santa Cruz.
Artilharia
Um dos artilheiros e destaques
da equipe, o centroavante Ronaldo Falcão, foi contratado pela
Desportiva no ano passado, após
ter sido artilheiro Campeonato
Sergipano de 95 jogando pelo Clube Esportivo Sergipe.
No começo deste ano, seu irmão
Paulo César, que já fez parte do
Atlético Paranaense, foi contratado pela equipe pernambucana.
"Como precisávamos de um
meia e já o conhecíamos, resolvemos trazê-lo para a nossa equipe", disse o presidente do clube.
Arruda afirma que só tomou
consciência de que tantos irmãos
trabalhavam juntos no clube no
início do Estadual deste ano e que
nada fora planejado.
Ele declara que apesar de haver
tantos familiares trabalhando no
clube, nunca nenhum problema
familiar atrapalhou os trabalhos
na Desportiva Vitória.
Fator positivo
Segundo alguns funcionários do
clube pernambucano, o fato de
vários funcionários serem parentes é um fato positivo.
Nelson dos Santos, supervisor
técnico da equipe principal, acha
que o "nepotismo" até ajuda.
"Trabalhamos como uma grande
família, um sempre ajuda o outro", diz. "Quando nos demos
conta que tantos familiares trabalhavam juntos, o clima pareceu ter
ficado até mais agradável no clube."
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