São Paulo, quarta, 13 de maio de 1998

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TÊNIS
Brasileiro conta com o apoio de Vanessa Schultz contra o equatoriano Nicolas Lapentti pela competição italiana
Namorada motiva Kuerten em Roma

FERNANDA PAPA
enviada especial a Roma

Gustavo Kuerten, 21, ganhou um reforço na torcida para o jogo de hoje contra o equatoriano Nicolas Lapentti, 21, pela segunda rodada do Torneio de Roma.
Desde ontem, Vanessa Schultz, 17, namorada de Kuerten, acompanha o tenista no Foro Itálico, local de disputa do torneio.
Ela chegou à Itália na segunda-feira, pouco depois da partida de estréia do brasileiro, contra o espanhol Carlos Costa.
Quando questionada se havia trazido algum presente para dar sorte ao namorado, comentou que sim: "Presente é eu estar aqui."
Rafael Kuerten, 24, irmão mais velho do tenista, também está em Roma, desde segunda-feira.
Ele assistiu ao primeiro jogo de Kuerten no último torneio da série Super 9 -só menos importante que o Grand Slam- disputado em quadras de saibro, neste ano. É também o último torneio antes de Kuerten defender o título em Roland Garros, na França.

Reencontro
Depois de dois anos, Kuerten volta a enfrentar hoje um de seus maiores rivais e amigos dos tempos em que foi um dos três melhores juvenis do mundo.
Lapentti chegou a ser o segundo júnior do mundo em 1994, ano em que foi campeão do Aberto da França, ao lado de Kuerten, a quem conhece desde os 14 anos.
Os dois tenistas têm boas memórias da época em que jogavam juntos. "Em 93, esquecemos de nos inscrever para duplas em Roland Garros", lembra Lapentti. "Aí, em 94, fomos lá e vencemos o negócio", diz Kuerten.
A partida de hoje é a segunda da programação da quadra quatro, cujo primeiro jogo começará às 13h (8h de Brasília). Em 11 torneios neste ano, Kuerten foi eliminado seis vezes no segundo jogo.
Na última vez em que enfrentou Lapentti -única como profissional-, em 96, no Torneio de Furth, Alemanha, Kuerten venceu no tie-break do terceiro set.
"Será uma honra jogar contra o Kuerten, por o que ele é agora. O amigo continua o mesmo, não mudou desde que ganhou o Aberto da França, em 97", afirmou Lapentti, atual 55º na ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), seu melhor ranking até hoje.
Segundo o equatoriano, quando Kuerten está em um dia bom, é praticamente impossível vencê-lo. "Vejo como grande incentivo o confronto. Acho que sou um pouco mais constante", diz Lapentti.
"Lapentti é um jogador que varia bem as jogadas e com quem evolui junto no tênis", disse Kuerten, o nono do ranking.
Se vencer hoje, o brasileiro aumenta para seis o número de vitórias na temporada em quadras de saibro, em que tem quatro derrotas, em quatro torneios.



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