CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de registrar queda de 10% no número de participantes, o Brasileiro de ginástica artística marca o último choque direto das atletas da seleção feminina por vaga na equipe que irá a Pequim.
Último evento oficial antes da Olimpíada, o Brasileiro, que começa hoje em Maceió, dá chance a 38 ginastas de se exibirem ao treinador da seleção, Oleg Ostapenko.
A confederação de ginástica ainda não definiu as seis ginastas da equipe olímpica e, apesar de as oito integrantes do time permanente serem favoritas, não descarta descobrir novos talentos.
Em meio a essa corrida, as atletas mais experientes do país chamarão a atenção.
De um lado, Daiane dos Santos, 25, irá estrear pelo Pinheiros, clube com o qual assinou acordo até o final do ano -o que lhe permite lutar por pódio no torneio pela primeira vez desde 2005. Além disso, reestreará o "Brasileirinho" no solo. "Todos queriam o "Brasileirinho" [fora desde 2006]. Não havia tempo para outra música."
Já Daniele Hypólito, 23, após ter deixado a seleção permanente há três semanas, sabe que terá de mostrar serviço. "Terei de fazer minha parte para que vejam que não deixei de treinar", diz ela, que tem ido ao psicólogo três vezes por semana.
As maiores rivais das veteranas são as outras seis ginastas da equipe permanente, com destaque para Jade Barbosa, que diz aguardar só o aval de Oleg para exibir elementos que levará a Pequim.
A maior ausência é Khiuani Dias, que se recupera de uma fissura na mão direita.
Após o Nacional, que acaba amanhã, a seleção será convocada para amistosos, um em Belarus e outro na Itália, antes de seguir para o Japão.
Na disputa masculina, que terá 31 atletas, Diego Hypólito usará o Nacional para recobrar a forma física. "Quero fechar o torneio apresentando 80% da capacidade física."


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