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Contra gigantes, brasileiras lutam para ir a Pequim
Em desvantagem física, seleção de Paulo Bassul enfrenta Belarus em duelo decisivo no Pré-Olímpico de basquete
Rival de seleção feminina hoje joga cadenciado e tem como trunfos arremessos de longa distância e dupla de pivôs de mais de 1,90 m
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Contra as gigantes do Leste
Europeu, a seleção feminina
tenta hoje garantir vaga nos Jogos de Pequim. Se vencer a Belarus, o time garante classificação. Se perder, joga a repescagem do Pré-Olímpico Mundial
de Madri a partir de amanhã.
"Belarus é um time perigoso,
que joga cadenciado, no estilo
europeu clássico", destaca o
técnico Paulo Bassul, do Brasil.
Para contrapor ao estilo do
rival, o treinador pretende promover um jogo de transição rápido. "Elas não se adequam ao
nosso estilo de jogo e não têm a
nossa velocidade", analisou.
As adversárias ostentam como trunfo as altas pivôs Anastasiya Verameyenka (1,92 m) e
Yelena Leuchanka (1,96 m).
A dupla garante à equipe a liderança nos rebotes entre as 12
seleções que disputam o torneio, com 41 bolas recuperadas
no garrafão por jogo, uma a
mais do que a seleção nacional.
"Nossas pivôs terão muito
trabalho nesta partida", disse
Bassul, referindo-se a Êga (1,87
m) e Kelly (1,92 m), que levam
desvantagem física no duelo.
Além disso, Belarus, terceiro
lugar no Pré-Olímpico europeu, aposta nos tiros de longa
distância, fundamento em que
possui 40% de acerto -o Brasil
tem aproveitamento de 42,4%.
"Elas possuem boas atiradoras, como a número 8 [Sviatlana Volnaya] e a 14 [Nataliya
Trafimava]. A número 5 [Olga
Masilionene], que vem do banco, também tem boa pontaria."
Na primeira fase, o Brasil bateu Fiji (125 a 45) e a anfitriã
Espanha (71 a 68). Com a dupla
vitória, terminou a fase inicial
em primeiro lugar no Grupo C.
Já a Belarus perdeu na estréia para Cuba (96 a 79), mas
se classificou após derrotar a
frágil Taiwan (81 a 65).
A classificação olímpica pode
ser a primeira conquista significativa do grupo atual do Brasil. O time teve renovação drástica após o Mundial de 2006,
realizado em São Paulo -a seleção terminou em quarto.
Quatro atletas fundamentais
daquela equipe se aposentaram
do time nacional: Janeth, Helen, Alessandra e Cíntia Tuiú.
Não bastasse isso, a equipe
também perdeu a armadora
Adrianinha, por problemas
pessoais, e a ala Karen e a pivô
Érika, por causa de lesão.
Para contrapor às baixas,
Bassul resgatou, desde o ano
passado a armadora Claudinha,
que estava afastada da equipe
desde o Mundial da China-02.
A armadora tornou-se capitã
e líder do grupo, que foi campeão do Sul-Americano de Loja
(Equador), no mês passado.
Caso a equipe se classifique
para Pequim, o elenco ainda
poderá ganhar reforços para o
torneio olímpico. "A Karen e a
Érika fazem parte dos planos,
caso se recuperem a tempo."
NA TV - Brasil x Belarus
Bandsports, ESPN Brasil, Sportv 2 e TV Esporte Interativo, às 14h30
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