São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2008

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Contra gigantes, brasileiras lutam para ir a Pequim

Em desvantagem física, seleção de Paulo Bassul enfrenta Belarus em duelo decisivo no Pré-Olímpico de basquete

Rival de seleção feminina hoje joga cadenciado e tem como trunfos arremessos de longa distância e dupla de pivôs de mais de 1,90 m

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Contra as gigantes do Leste Europeu, a seleção feminina tenta hoje garantir vaga nos Jogos de Pequim. Se vencer a Belarus, o time garante classificação. Se perder, joga a repescagem do Pré-Olímpico Mundial de Madri a partir de amanhã.
"Belarus é um time perigoso, que joga cadenciado, no estilo europeu clássico", destaca o técnico Paulo Bassul, do Brasil.
Para contrapor ao estilo do rival, o treinador pretende promover um jogo de transição rápido. "Elas não se adequam ao nosso estilo de jogo e não têm a nossa velocidade", analisou.
As adversárias ostentam como trunfo as altas pivôs Anastasiya Verameyenka (1,92 m) e Yelena Leuchanka (1,96 m).
A dupla garante à equipe a liderança nos rebotes entre as 12 seleções que disputam o torneio, com 41 bolas recuperadas no garrafão por jogo, uma a mais do que a seleção nacional.
"Nossas pivôs terão muito trabalho nesta partida", disse Bassul, referindo-se a Êga (1,87 m) e Kelly (1,92 m), que levam desvantagem física no duelo.
Além disso, Belarus, terceiro lugar no Pré-Olímpico europeu, aposta nos tiros de longa distância, fundamento em que possui 40% de acerto -o Brasil tem aproveitamento de 42,4%.
"Elas possuem boas atiradoras, como a número 8 [Sviatlana Volnaya] e a 14 [Nataliya Trafimava]. A número 5 [Olga Masilionene], que vem do banco, também tem boa pontaria."
Na primeira fase, o Brasil bateu Fiji (125 a 45) e a anfitriã Espanha (71 a 68). Com a dupla vitória, terminou a fase inicial em primeiro lugar no Grupo C.
Já a Belarus perdeu na estréia para Cuba (96 a 79), mas se classificou após derrotar a frágil Taiwan (81 a 65).
A classificação olímpica pode ser a primeira conquista significativa do grupo atual do Brasil. O time teve renovação drástica após o Mundial de 2006, realizado em São Paulo -a seleção terminou em quarto.
Quatro atletas fundamentais daquela equipe se aposentaram do time nacional: Janeth, Helen, Alessandra e Cíntia Tuiú.
Não bastasse isso, a equipe também perdeu a armadora Adrianinha, por problemas pessoais, e a ala Karen e a pivô Érika, por causa de lesão.
Para contrapor às baixas, Bassul resgatou, desde o ano passado a armadora Claudinha, que estava afastada da equipe desde o Mundial da China-02.
A armadora tornou-se capitã e líder do grupo, que foi campeão do Sul-Americano de Loja (Equador), no mês passado.
Caso a equipe se classifique para Pequim, o elenco ainda poderá ganhar reforços para o torneio olímpico. "A Karen e a Érika fazem parte dos planos, caso se recuperem a tempo."


NA TV - Brasil x Belarus
Bandsports, ESPN Brasil, Sportv 2 e TV Esporte Interativo, às 14h30


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