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FUTEBOL NO MUNDO
Império contra-ataca
RODRIGO BUENO
O G-14 do futebol europeu, formado pelos times mais poderosos do Velho Continente, esteve
reunido há alguns dias.
Desencorajados por Fifa e Uefa a criar uma Superliga, os clubes atacam de novo as seleções.
Eles querem ter o direito de não
ceder seus milionários jogadores
para amistosos e torneios menores ou então receber os milhões
devidos pela cessão dos mesmos.
As discussões, segundo Lorenzo Sanz, presidente do Real Madrid e do G-14, continuarão pelo
menos até o final da próxima
temporada, que já inaugura novo calendário e novo formato
para os interclubes europeus.
Curiosamente, cinco membros
do G-14 não conseguiram classificação para a maior Copa dos
Campeões da história, uma exigência dos poderosos clubes para a perpetuação no topo.
A Inter, do fenômeno Ronaldinho, o Liverpool, da sensação
Owen, e o Paris Saint-Germain,
do showman Okocha, estão ausentes das copas européias.
O Ajax irá restringir sua moderna Amsterdã Arena à Copa
da Uefa, pois foi suplantado até
pelo Willem 2º. E o Real Madrid
ainda é ameaçado na Espanha.
A Juventus, talvez sem o ""melhor do mundo", Zidane, pode
jogar pela Copa Intertoto contra
o Gl Gotu, das Ilhas Faroë. Isso
logo depois de quase ter conseguido fazer quatro finais consecutivas da Copas dos Campeões.
É exagero dizer que o império
dos grandes clubes está em ruínas, mas, como o capitalismo, ele
se desdobra para ficar em pé.
Em meio a essa crise, os clubes
ganham um Mundial da Fifa.
Mas que clubes? O único time
que está 100% confirmado até
agora no torneio é o Al Nasr, da
Arábia Saudita, o campeão da
Supercopa da Ásia de 98.
O bilionário Manchester United, que seria o legítimo representante da Europa como vencedor da Copa dos Campeões, pode
desistir do evento. O Palmeiras
daria mais valor a um Mundial
interclubes ganho sobre o Manchester ou a um Mundial da Fifa
conquistado sobre o Al Nasr?
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