São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 2009

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Apagão de meia hora custa caro ao Santos na Bahia

Time sofre quatro dos seis gols nos primeiros 28 minutos na pior derrota sob o comando do técnico Vagner Mancini

Vitória 6
Santos 2


DA REPORTAGEM LOCAL

A missão era indigesta. O resultado também foi. Com o objetivo de arrancar algum ponto do Vitória no Barradão (o time ganhou todas em casa), o Santos do técnico Vagner Mancini não viu a cor da bola nos primeiros 30 minutos.
O apagão foi fatal.
A derrota de 6 a 2 foi a que teve mais gols no Brasileiro deste ano. O resultado deixou o Santos em 11º lugar, com 13 pontos e com a defesa mais vazada do campeonato -ao lado do Atlético-PR. O Vitória se manteve no G4, em 3º, com 19 pontos.
"Não dá para deixar a coisa maior do que já é. Lógico que o sentimento é de chateação. mas temos que saber lidar com as adversidades", analisou Mancini após a partida.
O cargo do treinador passa a correr risco após o resultado. Desempregados, Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo fazem sombra ao treinador santista. O presidente Marcelo Teixeira deve se pronunciar hoje sobre o tema.
No jogo, com três volantes como titulares, a ideia era não se expor ao time leve do Vitória. Logo aos 3min, o plano ruiu, quando o goleiro Douglas tentou dar um chutão e a bola espanou para cair no pé de Roger. O atacante chutou mal, mas pegou o goleiro no contrapé, 1 a 0.
Aos 6min, Domingos escorregou dentro da área e quase os baianos marcaram novamente. Mas, aos 15min, Roger recebeu livre e chutou duas vezes para fazer o segundo. A defesa pediu impedimento, que não houve.
Começaram os rápidos contra-ataques do Vitória. Aos 23min, os baianos cortaram um cruzamento em sua área, partiram em velocidade, e Willian recebeu sem marcação, 3 a 0.
O quarto gol nem tinha saído (aos 27min, com o zagueiro Victor Ramos), quando Mancini pediu para Molina aquecer.
Quando o meia colombiano entrou, o estrago já estava feito.
Antes do começo da rodada, o Vitória finalizava em média 13,8 vezes por jogo. Contra o Santos, foram dez conclusões só na primeira meia hora. No fim, foram 22 finalizações.
Pará levava um baile de Apodi, que atuava solto pelo lado direito. Em raro bom momento do lateral, ele sofreu pênalti, convertido por Kléber Pereira nos acréscimos.
A etapa final começou sem a correria imposta no começo, e o Santos chegou a equilibrar as ações. Em cobrança de falta, Madson alçou na área e Paulo Henrique, o Ganso, descontou.
Mancini olhou o relógio, tentando incentivar o time a uma reação que seria histórica.
Porém, Apodi continuava passando fácil por quem tentava marcá-lo. E o Vitória desperdiçou várias chances.
Em partida desastrosa, Domingos fez pênalti em Wallace. Leandro Domingues converteu, 5 a 2, aos 28min.
Ainda deu tempo para o veterano Jackson, que retornou ao Vitória após se recuperar de uma lesão, fechar o placar.
Nos acréscimos, a prova final de que os santistas estavam com a cabeça em outro lugar. Robson tirou a camisa para trocá-la com um adversário sem perceber que Viáfara ainda bateria o tiro de meta.


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