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Seleção tem o menor público nesta década
DO ENVIADO A TALLINN
Nas arquibancadas, faltou
gente. Onde não deveriam
estar, havia torcedores. Foi
assim, em mais episódios típicos da várzea, o amistoso
entre Estônia e Brasil.
Apesar da liquidação dos
ingressos, que tiveram uma
diminuição de 50% em seus
preços, só 8.500 torcedores
foram ao estádio (havia grandes claros nas cadeiras atrás
dos gols), fazendo da partida
a de menor público de um jogo contra uma seleção nacional do Brasil na década.
Ingressos que custavam
inicialmente o equivalente a
R$ 280, depois rebaixados
para R$ 140, eram vendidos
na porta do estádio, onde um
show de rap estoniano tentava atrair a atenção dos fãs.
A federação estoniana sofreu grandes críticas por investir pelo menos US$ 2 milhões no amistoso em tempos de crise -o país báltico
deve ver seu PIB diminuir
estratosféricos 9% em 2009.
Apesar de tanto dinheiro, o
jogo teve ontem uma grave
falha na sua organização.
Na entrevista coletiva de
Dunga, um homem totalmente alcoolizado entrou na
sala e começou a querer conversar, em um tom de voz
bastante elevado, com o treinador, que dizia para "tirarem o álcool dele". Após muita insistência, ele ficou em silêncio e deixou o recinto.
Mesmo com a violência em
campo e a falta de torcedores, Dunga aprovou o amistoso, marcado para celebrar
o centenário do futebol na
Estônia. "Valeu para colocar
o time junto e testar jogadores, como o Diego Tardelli",
falou o treinador, que só deve
ter mais um amistoso no ano
-em novembro, provavelmente contra a seleção da
Inglaterra, no Qatar.
(PC)
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