São Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

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Seleção tem o menor público nesta década

DO ENVIADO A TALLINN

Nas arquibancadas, faltou gente. Onde não deveriam estar, havia torcedores. Foi assim, em mais episódios típicos da várzea, o amistoso entre Estônia e Brasil.
Apesar da liquidação dos ingressos, que tiveram uma diminuição de 50% em seus preços, só 8.500 torcedores foram ao estádio (havia grandes claros nas cadeiras atrás dos gols), fazendo da partida a de menor público de um jogo contra uma seleção nacional do Brasil na década.
Ingressos que custavam inicialmente o equivalente a R$ 280, depois rebaixados para R$ 140, eram vendidos na porta do estádio, onde um show de rap estoniano tentava atrair a atenção dos fãs.
A federação estoniana sofreu grandes críticas por investir pelo menos US$ 2 milhões no amistoso em tempos de crise -o país báltico deve ver seu PIB diminuir estratosféricos 9% em 2009.
Apesar de tanto dinheiro, o jogo teve ontem uma grave falha na sua organização.
Na entrevista coletiva de Dunga, um homem totalmente alcoolizado entrou na sala e começou a querer conversar, em um tom de voz bastante elevado, com o treinador, que dizia para "tirarem o álcool dele". Após muita insistência, ele ficou em silêncio e deixou o recinto.
Mesmo com a violência em campo e a falta de torcedores, Dunga aprovou o amistoso, marcado para celebrar o centenário do futebol na Estônia. "Valeu para colocar o time junto e testar jogadores, como o Diego Tardelli", falou o treinador, que só deve ter mais um amistoso no ano -em novembro, provavelmente contra a seleção da Inglaterra, no Qatar. (PC)


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