São Paulo, sábado, 13 de agosto de 2011

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Brasil encara México alternativo

BASQUETE
Rival do Brasil em amistosos não é reconhecido pelo comitê olímpico de seu país


Daniel Marenco/Folhapress
O brasileiro Guilherme e mexicanos no jogo de anteontem na Hebraica

DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

A seleção mexicana que joga hoje contra o Brasil, em São Paulo, é na verdade um combinado de jogadores que atuam na liga nacional independente de basquete. E nem é reconhecida pelo Comitê Olímpico Mexicano.
As duas equipes se enfrentam às 12h, no clube Paulistano, e encerram a série de dois amistosos no país.
A diferença de nível técnico entre anfitriões e visitantes é tão grande que, no primeiro encontro, anteontem, na Hebraica, os brasileiros venceram por 79 a 57.
Os mexicanos que entram em quadra hoje fazem parte da Ademeba (Associação Desportiva Mexicana de Basquete), mas a federação reconhecida pelo comitê olímpico do país é a FMB (Federação Mexicana de Basquete).
É a FMB a responsável por montar a equipe que disputará os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro. Para tanto, recebe aportes financeiros esporádicos do governo federal.
À Ademeba cabe organizar a liga nacional. O time que está no Brasil, porém, pode jogar como a seleção do país, assim como o time da FMB. O braço continental da Fiba (Federação Internacional de Basquete) reconhece ambas como seleção mexicana.
No Brasil, seria como se a LNB (Liga Nacional de Basquete), que organiza o NBB (Nacional), tivesse sua própria seleção e viajasse pelo mundo jogando como tal.
A Folha contatou a FMB para comentar a situação, mas não teve resposta.
Nenhuma das duas seleções, de toda forma, participará do Pré-Olímpico de Mar Del Plata, na Argentina, a partir do dia 30, pois o México não se classificou.
"A Ademeba sobrevive do investimento dos donos das equipes no México. Nós viemos ao Brasil pela experiência de jogar contra um grande time", disse Luíz Manuel López, da comissão técnica que responde pela Ademeba.
"Os jogadores não recebem salário ou diárias para defender a seleção. Recebemos apenas o que o Brasil nos ofereceu para jogarmos contra sua seleção", contou López.
A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) não informou quanto pagou pelo amistoso, mas minimizou o caso. "É muito difícil arrumar um adversário de nível A", justificou Vanderlei Mazzuchini, diretor de seleções.
"Não sei o que acontece na federação mexicana, mas me parece que eles vão fundir as equipes das duas federações para o Pan de Guadalajara."
A própria CBB já escalou um time para atuar como a seleção, em passado recente.
Em outubro de 2010, o Joinville, dirigido por Alberto Bial, foi à China com o uniforme oficial do Brasil e jogou uma série de amistosos. O último acabou em pancadaria.

NA TV
Brasil x México
12h Sportv




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