São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 2000

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TÊNIS
Queda no ranking põe Kuerten na pior chave


Brasileiro perde para russo Safin posto de principal cabeça-de-série nos Jogos


JOSÉ ALAN DIAS
ROBERTO DIAS
ENVIADOS ESPECIAIS A SYDNEY

A pífia performance no Aberto dos EUA, em que foi eliminado na estréia, e a conquista do título pelo russo Marat Safin tiraram de Gustavo Kuerten a condição de primeiro cabeça-de-chave do torneio dos Jogos de Sydney.
O brasileiro, que ocupava o segundo posto no ranking de entradas, parâmetro para determinação dos cabeças-de-série nos eventos, passou ao terceiro lugar na lista divulgada nesta semana.
À sua frente aparecem o norte-americano Pete Sampras, com 3.739 pontos, e Marat Safin, com 3.412. Kuerten acumula 3.283 pontos. Batido pelo russo na final do Aberto dos EUA, Sampras anunciara desde o início do ano que não disputaria a Olimpíada. Assim, Safin foi determinado como o primeiro cabeça-de-série. E o brasileiro, como o segundo.
Na prática, a vantagem de ser cabeça-de-série é não enfrentar concorrentes mais fortes nas rodadas iniciais. Com uma chave de 64 jogadores -o mesmo número de um Masters Series e metade de um Grand Slam-, o torneio olímpico terá 16 desses jogadores.
Entre os demais cabeças-de-série figuram o sueco Magnus Norman (terceiro), seu compatriota Thomas Enqvist (quarto) e o australiano Lleyton Hewitt (quinto).
Dos dez primeiros colocados no ranking de entradas, os únicos que não estarão em Sydney são Sampras e seu compatriota Andre Agassi. Este último, que deixou a liderança da lista após o Aberto dos EUA, anunciou sua retirada dos Jogos alegando motivos pessoais -a irmã e a mãe tiveram diagnosticado câncer de mama.
Segundo o comitê organizador dos Jogos, exceto pelos favoritos um e dois, os cabeças-de-série terão sua posição na chave definida por sorteio dirigido. O quadro final será anunciado sexta-feira.
Ou seja, a única certeza é que Safin, o número um, e Kuerten, o número dois, perfilados nos extremos da chave, somente se encontrão numa eventual final.
A disputa olímpica terá atrativos além da medalha: dará pontos nos rankings da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).
Para Kuerten, será uma chance de recuperar a liderança da Corrida dos Campeões, lista que considera só os resultados da atual temporada. Ele foi desbancado por Sampras no Aberto dos EUA.
Sampras tem 637 pontos, e Kuerten, 623. Safin tem chance de entrar na disputa. Com 615 pontos, passará Sampras se chegar à final do Torneio do Uzbequistão, nesta semana. Para bater Kuerten, precisa alcançar as semifinais.


LEIA a coluna de Régis Andaku na Internet: www.uol.com.br/folha/pensata


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