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BASQUETE
Todas as brasileiras que disputam Mundial vieram de seleções de base
Brasil aposta em "juvenis" para ir ao pódio na China
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A experiência das "juvenis" brasileiras é um dos principais trunfos do técnico Antonio Carlos
Barbosa para conseguir uma boa
colocação para o país no Mundial
da China, que começa amanhã.
"Tivemos pouco tempo de treinamento, mas contamos com
uma base que joga junta há alguns
anos", afirmou o treinador.
Todas as jogadoras do elenco
brasileiro na China já disputaram
o Mundial juvenil -o país é a
única equipe entre as de ponta
que conta com essa experiência
nas categorias menores.
"O investimento na base é importante para o time adulto. As
atletas chegam à equipe principal
com a experiência de já terem enfrentado as melhores seleções do
mundo", destacou o treinador.
A seleção feminina não disputou a primeira edição do torneio
juvenil, em 1985. A partir daí, porém, não ficou ausente de nenhum Mundial e sempre chegou
ao menos até as quartas-de-final.
A primeira geração que representou o país na competição foi a
das alas Janeth e Adriana e da armadora Helen, em 1989.
No Mundial juvenil de 1993,
quando a seleção contou com
quatro atletas do atual elenco
(Claudinha, Silvinha, Alessandra
e Cíntia Tuiú), o Brasil ficou em
quinto. O técnico Miguel Angelo
da Luz usou as juvenis para obter,
no ano seguinte, o maior feito do
basquete feminino do país: o título do Mundial da Austrália.
Daquele elenco, sete atletas haviam disputado o torneio de base:
Janeth, Adriana, Helen e Simone
Pontello, em 1989, e Alessandra,
Leila e Cíntia Tuiú, em 1993.
"Todo técnico que assume a seleção reclama da falta de intercâmbio", analisou Miguel Angelo.
Para o treinador, a experiência
das ex-juvenis foi fundamental
para a conquista do Mundial da
Austrália -o Brasil derrotou a
China na decisão por 96 a 84.
"Naquele Mundial não tivemos
tanto esse problema [de falta de
experiência internacional". Nossa
pontuação era carregada por Paula e Hortência. Mas pegamos uma
geração nova, com potencial. Era
o caso de Janeth, Leila, Alessandra
e Cíntia", lembra Miguel Angelo.
No Mundial-1998, disputado na
Alemanha, o Brasil teve uma representação ainda maior de atletas vindas das seleções de base.
Das 12 jogadoras do time que
terminou em quarto lugar, nove
já haviam atuado pela equipe brasileira em algum Mundial juvenil.
"É importante dar experiência
para as mais jovens. Em 1998, levei a Kelly ao Mundial. Neste ano,
estamos com duas atletas que
atuaram no Mundial juvenil de
2001 [Erika e Iziane]", disse Barbosa. "A base das juvenis ajudou a
fazermos uma transição tranquila
após Paula e Hortência deixarem
a seleção. Hoje temos a Janeth,
que também é veterana [está com
33 anos]. Mas creio que vamos
manter o nível mesmo depois da
saída dela", concluiu ele.
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