Agora sim, no início do 2º turno, um campeonato imprevisível, promessa de emoção

AS BOBEADAS de Fluminense e Corinthians serviram para duas coisas: embolar o campeonato, que agradece, e agitar as suas torcidas. A primeira consequência é óbvia, constatada na tarde de domingo quando Botafogo e Cruzeiro confirmaram seus favoritismos ao baterem no São Paulo e no Avaí.
Um São Paulo que comemorou um pouco cedo demais a reação que ainda está por vir.
E um Avaí que começou a cair tanto que o rebaixamento passa a ser mais ameaçador do que foi possível, no turno, o sonho de ir à Libertadores.
Cujas vagas estão abertas ainda para um bando de times, embora quatro deles pareçam assegurá-las, assim como brigam pelo título.
E esta é a novidade. Porque o Fluminense tinha o jogo na mão em Goiânia contra o Atlético e deixou escapar a vitória mesmo com um jogador a mais.
O Flu chega a ter momentos encantadores como teve no sábado logo depois de abrir o placar e quase ampliá-lo em dois momento de pura magia. Mas alguma coisa acontece que o time perde força lenta e gradualmente até ficar entregue ao adversário, como aconteceu novamente.
E o Corinthians perdeu mais um pênalti, o quarto em oito que teve a seu favor. (O curioso é que tem convertido os inexistentes e tem desperdiçado os verdadeiros, como o contra o Grêmio).
Mas a avaliação do Corinthians é diferente. Se houve alguma coisa de positiva na derrota que acabou com as festas no Pacaembu, foi a postura de Adilson Batista, que não titubeia em botar o time à frente quando o resultado não interessa.
E, como se fosse sempre necessário lembrar de Mano Menezes, Jucilei, que ele convocou para a seleção em meio a mil interrogações, jogou um partidaço, talvez sua melhor atuação com a camisa corintiana, a ponto de ser exaltado por mais de 33 mil fiéis mesmo na derrota.
Mas o resultado das derrotas dos líderes, que se enfrentam na quarta-feira, no Engenhão, é esta bela embolada, que faz bem ao Brasileirão, por mais que o torcedor tricolor comece a temer que ocorra com o Flu o que houve com o Palmeiras no ano passado, entre outros motivos porque é evidente que falta comando nas Laranjeiras, como o episódio entre Fred e o médico do clube demonstrou.
Do quarteto que aspira a taça neste momento, apenas o Botafogo é um clube de investimento mais modesto, algo que faz tamanha diferença no futebol de hoje em dia que os que estão lá embaixo, ou começam a despencar, são todos primos pobres do futebol brasileiro, exceção feita ao Galo.

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