DA ENVIADA A FUJI

Duas corridas, duas vitórias.
Esse é o desempenho impressionante de Fernando Alonso nos últimos 15 dias. Depois de vencer o GP de Cingapura, o primeiro noturno da história da F-1, o bicampeão mundial repetiu ontem a dose em Fuji -Robert Kubica foi o segundo, e Kimi Raikkonen, o terceiro.
"Nunca imaginei que fôssemos vencer duas corridas neste ano. Estou nas nuvens", afirmou o piloto espanhol, que trocou a vencedora McLaren no final do ano passado, por causa de desavenças com Ron Dennis e Lewis Hamilton, por uma Renault em situação bem diferente daquela que conhecia.
Quarto no grid, Alonso teve uma bela largada e, ajudado pela confusão promovida por Lewis Hamilton, fez a primeira curva atrás apenas de Kubica.
"Imaginava que, se nossa briga fosse com os pilotos da BMW, estaríamos bem, pois sabia que eles tinham menos combustível e parariam antes nos pits", afirmou Alonso.
Foi justamente o que aconteceu -e o segredo da vitória do espanhol no GP do Japão.
Com mais gasolina no tanque, Alonso ficou por mais tempo na pista e, quando parou para seu primeiro pit stop, já tinha 29 segundos de folga para Kubica, o que lhe permitiu retornar à frente do polonês.
"Eu queria ar fresco [pista livre] após minha parada e, a partir daí, era apenas uma questão de controlar a corrida. E foi o que fiz", explicou o espanhol.
Foi o 21º triunfo da carreira de Alonso, que não vencia duas corridas seguidas desde o GP do Canadá de 2006, quando corria pela mesma Renault.
"Certamente esta vitória tem um sabor muito melhor que a de Cingapura. Lá, eu diria que 99% foi por sorte, com a entrada do safety car, o problema que o [Felipe] Massa teve no reabastecimento", falou Alonso, enquanto comia algumas tapas (aperitivos espanhóis) no escritório da Renault no paddock do circuito de Fuji.
"Aqui não, foi uma corrida muito mais normal, numa pista mais tradicional, por isso acho que esta vitória é muito mais importante e me deixa muito mais feliz", completou.
Segundo o campeão da F-1 em 2005 e 2006, que ainda não anunciou onde irá correr em 2009, o resultado é ainda a prova de que a Renault é atualmente a terceira força da F-1, atrás apenas de Ferrari e McLaren.
"Essa nossa evolução foi inesperada, mas agora já vimos que tudo pode acontecer." (TC)



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