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Contra retranca rival, Tite quer paciência da torcida e do time
DE SÃO PAULO
Depois de conquistar dez
pontos em 12 possíveis desde
que chegou ao Corinthians,
Tite terá hoje um desafio diferente: um rival retrancado.
O Cruzeiro tem a segunda
melhor defesa do Campeonato Brasileiro, com 34 gols sofridos em 34 rodadas. O Fluminense, líder da competição, foi vazado 33 vezes.
Desde que assumiu o Corinthians, Tite mudou a forma de o time jogar: segurou
Elias, trancou o meio de campo para valorizar a posse de
bola e colheu resultados positivos. Em quatro jogos, a
equipe tomou só um gol. E
passou a ser o time que menos permite finalizações aos
adversários -10,4 por duelo.
O Corinthians de Tite venceu os clássicos contra Palmeiras e São Paulo no contra--ataque porque os adversários se expuseram mais, o
que não deve ocorrer com o
Cruzeiro hoje à noite.
O técnico disse ontem que
"não dormiu" nos últimos
dias, pensando em como parar o Cruzeiro. O time comandado por Cuca é o que mais
tenta cruzamentos (26,4 por
jogo) e o que ostenta maior
precisão no fundamento.
Após a derrota para o Cruzeiro no primeiro turno, o lateral esquerdo Roberto Carlos e outros corintianos reclamaram da retranca cruzeirense. "Nunca vi um time
brasileiro jogar tão atrás",
chiou o jogador.
Hoje, mais do que qualquer outra coisa, Tite quer
paciência. Da torcida e de
seus comandados.
"Às vezes o adversário pode ser melhor por algum tempo, mas por qualidade dele e
não por erro nosso", disse.
"Esse time já perdeu e já ganhou. Sair na frente é importante, mas se sairmos atrás,
não será o fim do mundo."
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