São Paulo, sábado, 13 de novembro de 2010

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altas
e baixas

Grandalhonas dão ao Brasil novo padrão no meio de rede e comandam time de vôlei na busca pela vaga na decisão do Mundial

Divulgação/FIVB
Brasileiras em cerimônia antes do jogo contra a Tailândia, no Mundial

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

No início da semana, o técnico da seleção masculina de vôlei, Bernardinho, elogiou Thaísa e Fabiana. Em entrevista à ESPN Brasil, atribuiu a elas o status de melhor dupla de centrais do mundo.
As "Torres Gêmeas" -apelido dado pelo próprio treinador às mais altas atletas da seleção- são resultado da busca incessante do vôlei brasileiro por grandalhonas.
Do Mundial de 1994, no Brasil, ao atual, no Japão, o perfil das centrais mudou drasticamente não só na altura como no papel desempenhado no time brasileiro.
Em 1994, a dupla de meios de rede titulares do Mundial era composta pela "baixinha" Ida (1,78 m) e por Ana Paula (1,83 m), que atuavam praticamente como coadjuvantes em um time cujas maiores estrelas no ataque eram Ana Moser e Hilma.
Dezesseis anos se passaram, e altura média das centrais titulares cresceu 14 cm. Atualmente, somente três atletas do Brasil, que jogam hoje a semifinal do Mundial contra o Japão, às 7h, têm tamanho inferior a 1,80 m, sendo que duas são líberos.
No meio de rede, Thaísa domina com 1,96 m, típico de jogadora europeia. A outra "torre", Fabiana, tem 1,93 m.
A reserva Carol Gattaz também ultrapassa a barreira do 1,90 m e sua colega de banco, Adenízia, é a "nanica" da posição, com 1,85 m.
Junto ao aumento de estatura, as centrais brasileiras ganharam também mais responsabilidade no desempenho geral da seleção.
As atuais titulares fizeram juntas 175 pontos em nove jogos. Na vitória contra Cuba, válida pela segunda fase, Fabiana foi a segunda maior pontuadora, com 15 pontos, só dois a menos que Sheilla.
"Acho que o diferencial de hoje está na altura. Além disso, antigamente as centrais só jogavam com o passe na mão. Hoje conseguimos atacar em diferentes situações e até viramos bola de segurança em alguns momentos", explica Fabiana, que ataca sem se esquecer de sua principal função, o bloqueio.
Mas, no início de sua carreira, não era assim.
"O Bernardinho foi muito importante na minha evolução. Quando comecei a jogar, não gostava de bloquear.
Mas ele sempre me incentivou", complementa a jogadora, que foi formada no clube dirigido pelo técnico.
Apesar de serem grandalhonas, Thaísa e Fabiana não acham que altura é indispensável para estar entre as melhores do mundo na posição.
"A altura ajuda muito, mas não é fundamental. Um exemplo disso é a Gioli [meio de rede da Itália]. Ela não é tão alta [1,85 m] e é uma das principais atletas na posição", afirma Thaísa.


NA TV
Brasil x Japão
Mundial feminino de vôlei
7h Band e Sportv




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