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Mulheres buscam redenção pós-Rebeca
Só uma atleta que disputa
o Open tem índice olímpico
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A lista de nadadores brasileiros que têm índice para competir em Pequim já tem oito nomes (e três revezamentos). Só
um deles, porém, é feminino:
Flávia Delaroli, nos 50 m livre.
A nadadora passou a figurar
sozinha após o maior escândalo
de doping da natação do país.
Rebeca Gusmão tinha índices nos 50 m e nos 100 m livre,
além do tempo mais emblemático do revezamento 4 x 100 m
livre. Suas marcas só voltarão a
figurar na lista se for inocentada nos três julgamentos por doping a que será submetida.
Hoje, no Open de natação, no
Pinheiros, em São Paulo, as
brasileiras voltam à piscina para buscar um lugar na Olimpíada. E tentar reconquistar os holofotes obtidos no Pan, que teve
Rebeca como maior destaque.
"Várias meninas têm chance
de obter o índice. No Open,
acho que a Fabíola Molina é a
mais próxima disso. Hoje, as
meninas não têm mostrado os
mesmos resultados dos nadadores. Mas acredito que estão
chegando", afirma o técnico Alberto Pinto, do Pinheiros.
Em Atenas-2004, o Brasil fez
cinco finais. Em três delas, havia mulheres. Desde então, porém, são os homens que têm se
destacado mais nas piscinas.
"Estamos crescendo aos poucos. Hoje, as brasileiras não vão
mais às competições só para
participar, vão para disputar
medalha. Tem uma nova geração muito boa, só precisamos
de mais um tempo", diz Monique Ferreira, que está a pouco
mais de um segundo do índice
dos 400 m livre -4min11s26.
O principal problema das
mulheres será o revezamento 4
x 100 m livre. As 12 primeiras
vagas foram para os melhores
do último Mundial. Ainda existem quatro lugares, que serão
dados aos melhores tempos.
"Será difícil encontrar um
momento como o do Pan
[quando o time obteve a marca]. Se a Rebeca for punida, terá
de ser escolhido um torneio para a equipe nadar. E, até lá, as
atletas estarão em fases distintas de preparação. No Pan, estavam 100%", diz o treinador
do Pinheiros e da seleção.
O Open começa às 17h. Pela
manhã acontecem os Brasileiros júnior e sênior. As oito melhores marcas, levando em conta os dois torneios, nadam à tarde, no evento em que pode ser
feito o índice olímpico. A competição não é aberta ao público.
NA TV - Open de natação
Sportv, ao vivo, às 17h
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